Nesta quarta-feira (18), a Lufthansa apresentou ao Ministro da Economia e Finanças italiano uma proposta concreta para assinar um Memorando de Entendimento e assim avançar na aquisição de uma participação na ITA Airways, empresa que substituiu a extinta Alitalia. Isso representa um novo capítulo no longo “flerte” que o Estado italiano vem tendo com diferentes empresas para tentar se livrar de sua companhia aérea.

Conforme detalhado em comunicado, o plano da Lufthansa consiste em adquirir inicialmente uma participação minoritária com opção de compra do restante posteriormente, o que não foi especificado.

“Essas discussões se concentrariam na forma de um possível investimento de capital, na integração comercial e operacional da ITA no Lufthansa Airline Group, bem como nas sinergias resultantes. No caso de um acordo vinculativo ser alcançado, sua aplicação estaria sujeita à aprovação das autoridades competentes“, afirmaram da companhia aérea alemã.

“Para o Grupo Lufthansa, a Itália é o mercado mais importante fora de seus mercados domésticos e dos EUA. A importância da Itália para viagens de negócios e particulares reside em sua forte economia voltada para a exportação e seu status como um dos principais destinos de férias da Europa“, concluíram.

Lufthansa finalmente faz oferta ao governo italiano

De acordo com informações do site Aviacionline, a oferta da Lufthansa seria adquirir 40% da ITA Airways por aproximadamente 300 milhões de euros. Agora, resta saber que contraproposta o consórcio Air France e Delta Air Lines fará.

Em setembro do ano passado, depois que o Estado italiano rejeitou a oferta da MSC-Lufthansa para iniciar negociações exclusivas com o grupo formado pelo Fundo Certares e a Air France-KLM, o CEO do grupo alemão, Carsten Spohr, havia dito que não estava disposto a abandonar a ideia para criar a base sul em Roma, mas só voltaria à mesa quando houvesse a intenção de privatizar completamente a companhia aérea.

“O investimento só pode acontecer se houver uma verdadeira privatização, não um sistema público-privado de co-governo“, disse Spohr, citando as histórias de sucesso da Swiss, Brussels Airlines e Austrian Airlines, que voltaram ao caminho do lucro apenas quando a participação acionária da Lufthansa atingiu 100%… leia mais em Aeroin 18/01/2023