A AT&T, segunda maior operadora de celular dos EUA, ofereceu em março US$ 39 bilhões pela quarta maior do mercado, a T-Mobile, cuja controladora, a alemã Deutsche Telekom, quer sair dos EUA. O acordo, porém, esbarrou em questões antitruste e, em dezembro, a AT&T anunciou que estava desistindo do negócio e iria pagar à Deutsche Telekom uma multa contratual de US$ 3 bilhões e transferência de espectro para a T-Mobile.

A Express Scripts, empresa americana de serviços de saúde, anunciou em julho acordo para comprar, por US$ 29,1 bilhões, a Medco Health Solutions, do mesmo ramo. O negócio ainda depende de aprovação das autoridades reguladoras. As duas empresas alegam que a união vai reduzir o preço dos remédios para o consumidor americano.

A Johnson & Johnson, farmacêutica dos EUA, ofereceu US$ 21,5 bilhões em abril pela Synthes, companhia de produtos ortopédicos com sede na Suíça e nos EUA. O negócio dá à J&J uma posição importante no crescente mercado de produtos para cirurgia ortopédica.

A Kinder Morgan, empresa americana de gasodutos, anunciou em outubro acordo de US$ 21,2 bilhões por uma companhia do mesmo ramo, a El Paso. A compra ainda depende de aprovações. Segundo a Kinder, a união vai criar o maior sistema de dutos de gás natural dos Estados Unidos.

A United Technologies, holding americana que faz desde elevadores até helicópteros, anunciou em setembro oferta de US$ 16,5 bilhões pela Goodrich, do setor aeroespacial.

A Duke, companhia energética americana, anunciou em janeiro oferta de US$ 13,6 bilhões pela Progress Energy. Autoridades levantaram preocupações com o negócio, mas as duas empresas mantêm a proposta.

A ProLogis, maior empresa mundial de capital aberto do setor de armazéns, fez em janeiro uma proposta de US$ 13,1 bilhões pela rival AMB Property. A fusão foi concluída no primeiro semestre. Ambas as empresas são americanas

A Google anunciou em agosto acordo de US$ 12,9 bilhões para comprar a Motorola Mobility, divisão da Motorola que faz celulares com sistema operacional Android, da Google. O negócio, que ainda depende de aprovações, deve ajudar a Google a competir com a rival Apple.

A BHP Billiton, mineradora anglo-australiana, fez em julho uma proposta de US$ 12,1 bilhões pela petrolífera americana Petrohawk Energy. A aquisição foi concluída em agosto.

A HP, fabricante americana de computadores, anunciou em agosto acordo para comprar a britânica Autonomy, que faz softwares, por US$ 11, 7 bilhões. A compra foi fechada em outubro.

A Telefónica, da Espanha, anunciou em março um acordo de US$ 6,9 bilhões para comprar 37,8% da Vivo Participações, assumindo assim o controle total da operadora que tinha em sociedade com a Portugal Telecom até meados de 2010.

A Mitsubishi, do Japão, anunciou em novembro um acordo para comprar, por US$ 5,4 bilhões, 24,5% da Anglo American Sur, mineradora de cobre chilena pertencente à Anglo American, que tem sede em Londres. A venda irritou a estatal chilena Codelco, que alega ter direito a comprar 49% da Sur, o que a Anglo American nega.

A América Móvil, holding mexicana de telefonia, anunciou em agosto que estava comprando, por US$ 5,3 bilhões, mais 33% de sua subsidiária Telmex, da qual acabou acumulando 93%.

A petroquímica Sinopec, da China, anunciou em novembro acordo para comprar 30% da Petrogal, divisão brasileira da petrolífera portuguesa Galp, por US$ 4,8 bilhões. A compra deve ser concluída no primeiro trimestre, disse uma pessoa a par da questão. Ela amplia a participação da Sinopec no pré-sal.

O Grupo Sura, conglomerado colombiano, divulgou em julho acordo para comprar, por US$ 3,8 bilhões, os negócios de fundo de pensão, seguro de vida e gestão de investimentos do banco holandês ING. O negócio foi aprovado em todos os cinco países afetados.

A Arca, do México, anunciou em janeiro acordo para comprar a também mexicana Continental, por US$ 2,8 bilhões, formando a segunda maior engarrafadora de bebidas da América Latina, atrás da também mexicana Femsa
Fonte:wsj01-01-2012