De uma rede varejista de bens duráveis, o Magazine Luiza se transformou em uma “plataforma digital de varejo”. O posicionamento, adotado pela companhia em 2019, representa uma estratégia focada em multicanalidade e que vem sendo acelerada por uma série de aquisições – apenas este ano, foram oito, após 11 compras em 2020. Além de mais de 1.300 lojas em 21 estados, o ecossistema Magalu abrange serviços para parceiros, de logística, produtos financeiros, canais de conteúdo, food delivery e plataformas de livros, beleza, mod

Bit55a e esporte. Duas verticais têm ganhado destaque no negócio: o delivery de refeições e a comercialização de produtos de supermercado.

Delivery de Refeições em Cidades Maiores
O pontapé inicial do Magalu no food delivery foi a aquisição, em 2020, da aiqfome, que atua no Paraná e interior de São Paulo. Depois, comprou a ToNoLucro e a PlusDelivery, que foram integradas à primeira plataforma, levando-a para mais de 500 cidades, sobretudo pequenas e médias. “A atuação dos apps de delivery contempla o processo de disposição de restaurantes nas plataformas, apresentação de cardápio e processamento do pedido e de pagamento. A oferta de logística da entrega está sendo desenvolvida pelo time da aiqfome”, explica Igor Remigio, CEO da plataforma, com exclusividade ao Jornal Giro News.

Para viabilizar a digitalização dos restaurantes, o Magalu também comprou a GrandChef. Em maio de 2021, a vertical de food somou 2,7 milhões de pedidos e a previsão é que ela seja integrada ao app do varejista até o final desde ano, chegando, assim, a grandes cidades.

Supermercado Representa 40% das Vendas
Com uma soma de R$ 8,8 bilhões, o e-commerce atingiu 70% das vendas totais no primeiro trimestre de 2021, contra 53% no mesmo período do ano passado. No quarto trimestre de 2017, essa participação era de 1/3 do faturamento e, há dez anos, quando o Magalu se tornou uma empresa de capital aberto, de 11%. Hoje, 40% dos itens vendidos no canal digital são da categoria de mercado.

Buscando se consolidar nesse segmento, a companhia adquiriu, este ano, a VipCommerce, plataforma de e-commerce white labe focada no varejo de alimentos. A ferramenta funciona como um atalho para que os lojistas se conectem ao marketplace do Magalu, que possui 56 mil empresas. A estimativa da rede é que as vendas online da categoria superem R$ 60 bilhões nos próximos anos.

Lojas Viram Centros de Distribuição
Em vista da ascensão do e-commerce e dos novos hábitos dos consumidores, as lojas assumiram um novo papel na estratégia da companhia, servindo como pontos de coleta, entrega e expedição de mercadorias do marketplace, além da captação de potenciais sellers. Por isso, o Magalu segue com uma estratégia de expansão física. Nesta semana, foi anunciada a abertura de 50 unidades no Rio de Janeiro, marcando a entrada da rede no mercado fluminense.

O varejista fechará 2021 com três novos centros de distribuição, nas regiões Sul e Sudeste, e outras cinco estruturas, já em operação, ampliadas. De acordo com o Magalu, sua estratégia para os próximos anos é fundamentada por quatro vetores: novas categorias, publicidade digital, serviços de tecnologia para o varejo e o mercado de fintech… Leia mais em gironews 02/07/2021