Em conversa com o LABS, Alexandre Thomaz, diretor da Globant no Brasil, falou sobre estratégicas de M&A “que estão no forno” e iniciativas ESG

Empresa contemporânea das gigantes de tecnologia argentinas Mercado Livre e Despegar (Decolar.com, no Brasil), a Globant atingiu a maioridade há algumas semanas. No entanto, a companhia de TI e desenvolvimento de software portenha, que chegou a se intitular “unicórnio”, já é madura no mundo da tecnologia há mais tempo. Em 2014, a Globant abriu capital na bolsa de Nova York e hoje vale cerca de US$ 8,5 bilhões.

Fundada pelos engenheiros Martín Migoya, Guibert Englebienne, Martín Umaran e Néstor Nocetti, a Globant surgiu com a ideia de resolver problemas do mundo real com tecnologias de vanguarda. A primeira “virada da chave” da empresa foi cerca de três anos depois da sua fundação, quando passou a ser provedora externa do Google. A relação de projetos estratégicos com o Google reforçou a cultura da empresa. Diferentemente das grandes empresas de tecnologia indianas que fazem serviços de sustentação de aplicações e manutenção de software, a Globant focou em serviços mais relacionados à experiência do usuário. Assim, a empresa ganhou mais força e visibilidade.

Depois que abriu capital, acelerou o número de aquisições (17) e com elas expandiu para outros países: Reino Unido, Colômbia, Uruguai, Estados Unidos, Peru, Índia, México, Chile, e outros oito. Recentemente, Brasil e Espanha estão entre os países que mais recebem investimentos da big tech, mas há também planos de expansão que miram especialmente a Austrália e o fortalecimento no Canadá e na América Central e Caribe.

A Globant atua principalmente nos segmentos de finanças (bancos e seguradoras) varejo, saúde, ou seja, instituições e organizações que falam diretamente com o consumidor, mas também desenvolve serviços e produtos B2B2C.

Com mais de 16 mil funcionários, a Globant tem como clientes, além do Google, a Rockwell Automation, Electronic Arts, Santander, American Express e Coca-Cola, além de uma lista de “must have accounts” para ser trabalhada no Brasil.

O LABS conversou com Alexandre Thomaz, diretor da multinacional no Brasil, sobre a trajetória da empresa e os planos de expansão:

Isabela Fleischmann: Recentemente a Globant adquiriu a Habitant, empresa europeia de consultoria em marketing digital, o que essas incorporações significam para a empresa?

Alexandre Thomaz: A estratégia de M&A é global e no Brasil ela também é muito forte com o mesmo objetivo: complementar capacidades. Além da Habitant, que é voltada para marketing digital, a Globant adquiriu uma companhia de consultoria de alto nível na Espanha, que é a Bluecap, e uma na América do Sul com temas mais ligados a Salesforce e ERPs (enterprise resource planning), que é o Grupo Assa, sempre na ideia de complementar capacidades e oferecer nossos serviços para a base de clientes dessas empresas, o que a gente chama de cross-selling. As soluções da Globant muitas vezes se encaixam nos clientes das empresas que a gente adquiriu.

IF: Embora contemporâneos, o Brasil conhece muito mais o Mercado Livre do que a Globant. A entrada do senhor como diretor da empresa no Brasil significa mais investimento aqui?

AT: Brasil e Espanha são países que estão recebendo muito… Leia mais em Labsnews 20/06/2021