A gestora da private equity IG4 mandatou o Bradesco BBI para encontrar um sócio para a CLI – Corredor Logística e Infraestrutura, operadora de terminal portuário no Maranhão, apurou o Pipeline. A IG4 pode vender até 50% da empresa, topando co-controle conforme o investidor financeiro ou estratégico. A transação será primária, buscando entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão para financiar a expansão do negócio.

O fundo comprou a companhia em 2020, concluindo a reestruturação da dívida no início do ano passado. Operadora no Porto de Itaqui, a CLI tinha dívidas com juros galopantes de 18% ao ano em dólares, que se tornou impagável para a trading CGG, a antiga dona. Nas mãos da IG4, a companhia concluiu a fase 2 de investimentos no terminal, dobrando a capacidade para 16 milhões de toneladas/ano.

O private placement pode ajudar a CLI a perseguir o objetivo de se tornar uma das maiores companhias de terminal portuário do país, com aquisições na costa brasileira. A empresa se define como bandeira branca, por não ser vinculada a tradings agrícolas. É a única, aliás, entre as sócias do consórcio Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), responsável pelas operações em Itaqui, que conta com Glencore, Terminal Corredor Norte (NovaAgri) e ALZ Terminais Portuárias (Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh).

O Tegram exporta grãos como soja e milho do Norte e Nordeste – porta de saída para a região do Matopiba – numa posição estratégica para aos mercados da Europa, América do Norte e Canal do Panamá, que facilita o acesso ao mercado asiático.

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