Antes de a Natura divulgar seu balanço referente ao quarto trimestre e ao ano de 2021, o mercado estava ansioso para entender os efeitos de componentes como o cenário macroeconômico, a inflação, o câmbio, a ômicron e a pressão nos custos de matérias-primas no resultado da companhia.

Os números foram conhecidos na quarta-feira, 9 de março, após o fechamento do pregão na B3. E à parte da confirmação de algumas expectativas sobre esses impactos, uma questão chamou a atencção dos analistas nos indicadores reportados pelo grupo dono das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop.

Com um volume de US$ 59 milhões entre outubro e dezembro, levando-se em conta as áreas de suprimentos, de logística e administrativas, a Natura fechou o ano com um ganho de sinergias na integração da Avon de US$ 197 milhões.

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Na Natura a "surpresa positiva"

O montante em questão ficou próximo de 50% do valor estimado no processo total de captura de sinergias e superou o guidance na faixa de 40% estipulado anteriormente pela companhia na integração da empresa americana, cuja compra, por cerca de US$ 2 bilhões, foi comcluída em janeiro de 2020.

Em relatório, o Goldman Sachs destacou a “surpresa positiva” com esses ganhos, que ajudaram a compensar a pressão de custos e contribuíram para um trimestre forte nas margens. Em contrapartida, ressaltou os resultados fracos nas vendas do trimestre, com quedas em praticamente todas as marcas e geografias.

A receita total do grupo entre outubro e dezembro, por exemplo, recuou 3%, para R$ 11,6 bilhões. Na América Latina, a queda foi de 2,8%, e, na Avon International e na The Body Shop, de 5,6% e 8,8%, respectivamente. A exceção foi a Aesop, cuja receita cresceu 22,8%, para R$ 898,9 milhões…Leia mais em NeoFeed 10/03/2022