Nas tratativas com a mineradora de lítio Sigma, o interesse de players engajados nas conversas está voltado para os ativos brasileiros – a companhia tem operação no país, mas estrutura de holding listada no Canadá. Os proponentes têm pouco interesse na estrutura completa da empresa, afirmaram três fontes ao Pipeline, um descasamento com o interesse da companhia.

“Se vender só os ativos no Brasil, a mordida de imposto é na casa de 25%, chegando menos capital para distribuição aos acionistas no exterior”, disse um executivo próximo às conversas. A alíquota final depende do formato de aquisição. A Sigma quer que as propostas compensem essa diferença, disse uma das fontes, mas encontra resistência nesse ajuste de preço.

Na venda da Sigma um imposto que muda a conta

Em comunicado ao mercado em setembro sobre potencial M&A, a Sigma disse que as conversas tratam de Sigma Brasil, Sigma Lithium e Projeto Cirilo. A transação pode ser por alguma dessas estruturas ou não resultar em M&A. Depois de negar ao Pipeline as negociações de venda, a companhia admitiu a contratação de Bank of America e BTG Pactual para tratativas.

Em torno da Sigma, há ainda uma discussão judicial que inclui vazamento de informações e divisão patrimonial entre os fundadores Ana Cabral, copresidente do conselho e CEO, e o ex-marido Calvyn Gardner. Mas, segundo executivos próximos às conversas de M&A, esse não é um ponto de preocupação. “Não há nada que gere uma pendência jurídica para um comprador”, disse uma das fontes… leia mais em Pipeline 02/10/2023