Antes de o humor azedar na bolsa brasileira devido a questões políticas e macroeconômicas, os fundos de private equity aproveitaram para listar suas empresas investidas, fazendo saídas totais ou parciais desses ativos. No IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) da Petz, por exemplo, a Warburg Pincus fez o desinvestimento após um ciclo de sete anos. A mesma gestora levou à bolsa a GPS, de segurança, que tinha ainda participação da Gávea. Esta, por sua vez, ajudou também a listar a locadora de equipamentos Armac.

Um levantamento da gestora Spectra mostra que, nessas listagens, investidores que apostaram nas companhias vindas do portfólio de private equity levaram a melhor nos últimos dois anos. O resultado desfaz um mito comum entre os aplicadores pessoa física de que essas empresas têm menor potencial de ganho porque boa parte do volume do IPO costuma ser de tranche secundária, em que o dinheiro vai para o bolso dos acionistas vendedores e não para o caixa da companhia.

IPO
Imagem: Pixabay

Segundo a Spectra, empresas com algum fundo de private equity no capital renderam 35% acima do Ibovespa num período de 90 dias após a listagem, contra um desempenho de 13% abaixo do índice das concorrentes que não tinham esse perfil de investidor.

IPOs com fundos de private equity exclusivamente brasileiros tiveram retorno de 13,76% acima do Ibovespa um dia após a listagem, enquanto companhias com fundos internacionais tiveram ganho de 3,27% em média na estreia.

A Spectra, que estrutura fundos que investem em outros fundos de private equity, avaliou 48 IPOs realizados entre abril de 2019 e fevereiro de 2021. Desses, 27 tinham ao menos um fundo de participação na base acionária…. Valoreconimico Leia mais em inteligenciafinanceira 09/11/2021