Prefeitura de Londrina e Copel venderão o controle da concessionária pelo total de R$ 130 milhões. O que sobrar do pagamento à vista deve ser quitado em até 18 meses, conforme necessidade de caixa da operadora.
A Prefeitura de Londrina publicou ontem, 9, novo edital para a venda do controle da Sercomtel Telecomunicações. A medida faz parte do processo de desestatização da companhia. Atualmente, os maiores acionistas da companhia são o Município de Londrina e a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL).
Este será o segundo edital lançado para a venda da concessionária. O primeiro leilão ocorreu em fevereiro deste ano, mas ficou vazio. “Reavaliamos o cenário e definimos outro modelo, que entendemos ser mais atrativo. No primeiro, a disputa era pelo valor da capitalização. Agora, estabelecemos uma capitalização fixa, e também foi parcelado o valor”, explica o secretário municipal de Governo, Juarez Tridapalli.
O valor estabelecido é de R$130 milhões, em aporte de capital social a ser investido na companhia. Devem ser aplicados R$50 milhões no ato da subscrição, ou seja, emissão de novas ações, e o restante conforme a necessidade de caixa da Sercomtel, em um período máximo de 18 meses. No leilão, as propostas e lances serão sobre valor unitário das novas ações, com piso de R$ 0,01.
O valor mínimo das ações subscritas se baseia em avaliação econômico financeira realizada por serviço técnico contratado especificamente para tal fim, afirma a prefeitura. “Nesse novo edital, a disputa será pelo valor da ação. Foi estabelecido um valor simbólico, pois a avaliação da empresa resultou em valor negativo, assim como outras avaliações feitas de forma independente, a pedido da Copel. Essa também foi uma mudança em relação ao primeiro leilão, quando tomamos como base o patrimônio líquido. Agora, a avaliação se deu por outro método, de fluxo de caixa descontado, o que alterou e reduziu muito o valor mínimo para cada ação”, detalhou.
A proposta vencedora do leilão irá definir o valor das ações subscritas, conforme o aporte de R$130 milhões na Sercomtel, e também para compra das ações pertencentes ao Município e à Copel. “A Copel já manifestou o interesse de fazer a venda integral. Então essa empresa terá que adquirir as ações remanescentes do Município e da Copel. O interesse é manter a Sercomtel ativa, funcionando em Londrina. A desestatização foi o meio encontrado para que seja adquirida por um bom investidor, que propicie inclusive seu crescimento”, diz Tridapalli.
O leilão será mediado pela B3. Poderão participar … leia mais em telesintese 10/07/2020