Nuvemshop, unicórnio do e-commerce na América Latina, anunciou nesta sexta-feira (10) a criação de um fundo de investimento de R$55 milhões (US$10 milhões) focado em empresas de tecnologia para o e-commerce na América Latina.

O fundo Nuvemshop Capital, que começará os primeiros aportes em 2022, tem o objetivo de “investir em algumas dezenas de empresas” no Brasil, México e Argentina, segundo o CCO e cofundador da Nuvemshop, Alejandro Vázquez. Estão elegíveis para a seleção do fundo todas as empresas tecnológicas e parceiras que desenvolvem aplicativos para resolver necessidades de lojistas de diferentes tamanhos e segmentos.

“Queremos acelerar o ecossistema de comércio da América Latina e Brasil por meio de parceiros tecnológicos. Hoje já trabalhamos com uns 300 parceiros, mas a gente está pensando em milhares de parceiros ao longo dos próximos quatro, cinco anos”, disse Vázquez, em entrevista ao LABS.

Segundo o CCO, esses parceiros sofrem necessidades específicas de lojistas, e essas necessidades específicas tem a ver com segmentos. “Não é a mesma coisa lojistas de moda e lojistas de eletrônicos por exemplo, e também tem a ver com geografias. O comércio é muito local, difere Brasil, Argentina e México, e também a ver com o tamanho do negócio. Não é a mesma coisa um pequeno empreendedor com uma grande marca que trabalha conosco. O leque de soluções precisa ser bastante amplo”, conta.

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Sacola de compra da Nuvemshop

Nuvemshop
Com o foco no conceito de plataforma aberta, ou seja, que hospeda diversos lojistas, Vázquez afirma que a Nuvemshop já faz isso há cinco anos e o fundo é mais um passo para acelerar o desenvolvimento parceiros. Para que, assim, os clientes da Nuvemshop possam investir mais em tecnologia, melhorar as interações com a plataforma da Nuvemshop e também desenvolver novos aplicativos no ecossistema da Nuvemshop.

“Para resolver necessidades mais específicas a gente acredita muito neste modelo [de investimento], porque justamente a gente mantém o espírito de plataforma aberta, isso quer dizer que a gente vai ter diferentes opções que quem escolhe é o lojista”, disse.

Para o executivo, o movimento de M&A nesse cenário acaba fechando um pouco as portas, por isso a Nuvemshop optou pelo fundo de capital de risco. Recentemente, a Nuvemshop comprou o Ecommerce na Prática, que não é um parceiro tecnológico, mas sim uma escola de e-commerce, e a Mandaê, plataforma de logística, “que se conecta com nossa visão de longo prazo de logística”, disse. “Mesmo assim, a gente precisa de outros parceiros tecnológicos no ecossistema”.

leia mais em LABS 10/12/2021