De acordo com o The Information, companhia está avaliada em US$ 2 bilhões.

A Nuvemshop, plataforma de e-commerce latino americana, está se preparando para receber o que deve ser um caminhão de dinheiro do fundo Tiger Global Management.

Segundo revela o The Information, um dos sites mais bem informados do Vale do Silício, a companhia está sendo avaliada em US$ 2 bilhões pelo fundo de investimento.

Vem aí mais uma bolada para a Nuvemshop? Foto: Pexels.

O The Information não chega a revelar qual é o aporte que está sendo negociado, mas vale lembrar que ainda em março a Nuvemshop captou R$ 500 milhões (US$ 90 milhões) do fundo Accel.

O valor foi três vezes mais do que o aporte anterior de fundos, feito apenas seis meses antes. Então, se as coisas seguirem nesse ritmo, no novo investimento pode ficar fácil na casa do R$ 1 bilhão.

A Nuvemshop não revelou qual foi o valor de mercado atribuído às companhias pelos investimentos anteriores. Se o valor de US$ 2 bilhões se confirmar, a companhia vai virar numa tacada só um unicórnio duplo.

Fundada na Argentina em 2012, a Nuvemshop (ou Tiendanube, em espanhol) tem no Brasil o seu foco principal. Ela integra produtos, pagamentos e envios com diferentes canais de vendas, como Facebook, Instagram, marketplaces e lojas físicas.

Atualmente com mais de 75 mil lojas ativas, a empresa tem mais de 400 colaboradores trabalhando em home office nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba e diversos outros estados do Brasil, além de Buenos Aires e Cidade do México.

Este ano, a companhia estima ultrapassar R$ 7 bilhões no total de vendas dos clientes (GMV) na América Latina. Em 2020, este montante foi de R$ 3,5 bilhões, aumento de 280% em relação a 2019.

A Nuvemshop também pretende aumentar a sua presença em toda a América Latina, expandindo para Colômbia, Chile e Peru.

Nos próximos cinco anos, a expectativa é crescer mais de 20 vezes e, até 2023, a empresa planeja ultrapassar a marca de 2 mil colaboradores.

A empresa surfa na onda da pandemia, que aqueceu tudo o que tem que ver com comércio eletrônico. No caso do Brasil, no entanto, ainda há muita margem para crescer, o que deve chamar ainda mais atenção de investidores.

A penetração do e-commerce no varejo brasileiro dobrou em 2020, saltando de 5% para 10%, enquanto a participação no mercado chinês beira os 50%, segundo pesquisa da e-Marketer. O índice chega em torno de 30% em territórios como Reino Unido e Coreia do Sul.

O Brasil tem produzido empresas de tecnologia com avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão (os famosos unicórnios), com alguma frequência recentemente.

Ainda ontem, um aporte de US$ 120 milhões colocou no grupo a Unico, companhia brasileira em alta no segmento de assinatura digital e biometria facial.

De acordo com o Distrito, ecossistema independente de startups, os outros 10 unicórnios brasileiros são: 99, Nubank, iFood, Gympass, Loggi, QuintoAndar, Ebanx, Wildlife, Loft e VTEX… leia mais em baaguete 04/08/2021