A Oceânica Engenharia, que presta serviços para a indústria marítima, pode se tornar a responsável por quebrar o jejum de mais dois anos sem o IPO de uma empresa brasileira. A companhia acaba de formar um sindicato com seis bancos para dar início ao rito para abrir capital na bolsa, em uma oferta que seria de distribuição primária e secundária.

Para serem os coordenadores da oferta, a empresa engajou BTG Pactual, Itaú BBA, UBS BB, Bradesco BBI, Santander e ABC Brasil. Ainda não há uma estimativa de valor a ser captado, mas a companhia informou que pretende usar os recursos para aquisição e customização de embarcações; aquisição de máquinas e equipamentos; e aumento da posição de caixa.

Oceânica Engenharia contrata bancos para IPO

A empresa, que já vem divulgando resultados trimestrais, terminou o terceiro trimestre do ano passado com uma posição de caixa e equivalentes de R$ 231,1 milhões. No acumulado de janeiro a setembro de 2023, a receita líquida atingiu R$ 684,3 milhões, alta de 40,1% ante igual período do ano interior, enquanto o lucro líquido somou R$ 19 milhões, avanço de 88,7%. A margem Ebitda, por sua vez, saltou de 26,4% para 36,1% na mesma base de comparação.

Controlada pelo fundador e CEO Alfredo Califfa (que tem carreira como mergulhador profissional), a Oceânica Engenharia está no mercado desde 1978 e, no ano passado, chegou a levantar R$ 445 milhões com uma emissão de debêntures por um prazo de quatro anos.

Com sede no Rio, a empresa é a primeira brasileira a manifestar formalmente em 2024 a intenção de se listar em bolsa, em um ano que é tratado pelo mercado como o da retomada dos IPOs. Em um cenário de queda de juros e maior otimismo com a economia, há pelo menos outras 19 companhias que são candidatas a abrir capital neste ano, a maioria do setor de energia e de construção civil. O último IPO de uma companhia brasileira foi o do Nubank, nos Estados Unidos, no fim de 2021… leia mais em Pipeline 17/01/2024

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