Executivos de bancos de investimento apostam que os leilões de linhas de transmissão de energia devem promover a retomada das ofertas de ações no Brasil.

Projetos que preveem até R$ 70 bilhões em Investimentos devem ser leiloados até o fim de 2024 e atrair diversas companhias brasileiras de capital aberto. Essas empresas, por sua vez, provavelmente precisarão financiar seu crescimento por meio de emissão de dívida local e ofertas de ações, de acordo com Felipe Thut, diretor de banco de investimento do Bradesco BBI.Ofertas de ações em energia

O setor de Serviços públicos é o mais aquecido este ano”, disse Thut em entrevista. “As empresas terão cerca de cinco anos após o leilão para construir as linhas e, nesse período, precisarão de caixa para financiar esses Investimentos.”

O primeiro leilão — com nove empreendimentos nas regiões Nordeste e Sudeste do país — eestá marcada para 30 de junho. Serão necessários Investimentos totais da ordem de R$ 16 bilhões, e empresas como Eletrobras, Equatorial e Taesa devem apresentar propostas, segundo analistas do Itaú BBA.

As transações seriam bem recebidas pelos bancos após meses de atividade morna. O volume de ações vendidas por empresas brasileiras caiu pela metade neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O que podemos ver até o final do ano no Brasil são ofertas de ações, inclusive iniciais, de setores mais resilientes, com fluxo de caixa e previsibilidade de receitas”, disse Alessandro Zema, head de investment banking para a América Latina e country chief para o Brasil do Morgan Stanley. “O mercado ainda não existe para empresas de tecnologia.”

A Copel disse no mês passado que contratou bancos para uma possível oferta de ações. A transação seria semelhante à venda de ações da Eletrobras no ano passado e poderia levar à Privatização da empresa.

A Taesa está planejando uma oferta de R$ 2 bilhões …Originalmente publicado em  valor.globo Leia mais em aracajuagoranoticias 07/06/2023