Entre os apps que mais conseguiram fazer o consumidor gastar há representantes dos Estados Unidos, da China, da Suécia e do Japão

A Netflix tem o aplicativo campeão em faturamento na década. A companhia espera que seu conteúdo (como a série Stranger Things) atraia mais assinantes em dispositivos móveis e fora dos Estados Unidos  (Foto: Divulgação)

Aplicativos se tornaram onipresentes no cotidiano de qualquer cidadão conectado – ao longo da década que termina, eles vieram ocupando espaço crescente na rotina profissional, na organização pessoal e no consumo de memória e de dados nos celulares. Por isso, criar ou não um aplicativo tornou-se também uma discussão inevitável em toda definição de estratégia digital. Nem todo aplicativo, porém, dá resultado como negócio, seja na construção da marca, seja na geração de receita. A empresa de análise de mercado App Annie listou os aplicativos mais bem-sucedidos em fazer o usuário pagar por serviços, ao longo dos anos 2010* (o cálculo é feito apenas com dados iOS e Google Play, o que tende a minimizar na lista o papel do mercado chinês).

“A década foi de crescimento notável para economia móvel. Com aumento de 5% nos downloads e de 15% no gasto dos usuários finais em 2019 (excluindo Android de terceiros). Isso parece encaminhado para continuar em 2020”, afirma Adithya Venkatraman, gestor de market insights na App Annie. Aplicativos nascidos nos Estados Unidos dominam a lista e ocupam cinco posições, incluindo as três de maior faturamento. Confira a lista, começando pelo décimo colocado:

10 – Kwai, da Beijing Kuaishou – o editor de vídeo se popularizou no ocidente principalmente a partir de 2017, mas existe desde 2012 e se tornou um fenômeno na China em 2013. Tem versão básica, gratuita, e cobra por serviços adicionais. Em seu mercado de origem, chama-se Kuaishou. O fundador e CEO da companhia é Hua Su.

9 – HBO Now, da AT&T (companhia mãe da HBO) – a marca HBO se tornou sinônimo de conteúdo de alta qualidade e brilhou também entre os aplicativos que mais faturaram na década.

8 – YouTube, do Google – a plataforma de vídeo foi comprada pelo Google na década passada (em 2006) e já entrou nos anos 2010 bem preparada para o mundo mobile. Mantém importância crescente entre os negócios do Google.

7 – Spotify, da Spotify – o aplicativo de streaming de música é a única presença de uma companhia europeia na lista (a Spotify, criada por Daniel Ek, é sueca). A companhia abriu capital em 2018 por listagem direta, evitando o IPO tradicional. Ainda lidera o mercado global de assinatura nesse segmento e quer repetir o feito com podcasts.

6 – iQIYI, do Baidu – o serviço é conhecido no Ocidente como “o Netflix da China”. Abriu capital em 2018 e vem ajudando o grupo Baidu a faturar cada vez mais.

5 – Line, da Line – o app de mensagens é o serviço mais importante da companhia de mesmo nome, baseada no Japão, mas parte do grupo sul-coreano Naver. Fecha 2019 como parte de uma fusão de US$ 30 bilhões com o Yahoo Japão, em andamento, promovida pelo Softbank.

4 – Tencent Video, da Tencent – o aplicativo de streaming de vídeo é outro veterano da internet chinesa, com domínio próprio desde 2011 e importância crescente para a companhia-mãe, a colossal Tencent. Vai fechar a década com algo perto de 90 milhões de assinantes. É o app chinês mais bem colocado na lista.

3 – Pandora Music, da Sirius XM Radio – a Pandora foi uma das pioneiras na oferta de tecnologia “inteligente”, capaz de entender o gosto do usuário e fazer ofertas de acordo, a partir de 2001. Em 2018, a empresa foi comprada pela Sirius XM (que se apresenta agora como a maior companhia do mundo em entretenimento por áudio), por US$ 3,5 bilhões.

2 – Tinder, do Match Group – a busca por amor e pegação sempre foi uma vocação básica da internet, mas o Tinder, com seus mais de 5 milhões de assinantes (e mais de 50 milhões de usuários), tornou-se a marca-símbolo do segmento. A Match Group cresceu tanto que termina 2019 com um acordo para, até o segundo trimestre de 2020, tornar-se independente da companhia-mãe, a IAC.

1 – Netflix, da Netflix – a rainha do faturamento entre aplicativos percorreu um caminho bem longo: a companhia foi fundada em 1997, o serviço estreou em 1998 e o aplicativo para Android saiu em 2011. O sucesso do serviço é esmagador: são mais de 160 milhões de assinantes no total. Em 2019, começou a lançar em mercados selecionados um serviço de assinatura apenas para dispositivos móveis… Leia mais em epocanegocios 23/12/2019