Empresa quer ser ‘multioperadora e multibandeira’

A Paggo Soluções, joint venture criada pela Cielo e pela Oi para pagamentos com celular, busca novos sócios. “Procuramos todas as operadoras e todas em algum nível demonstraram interesse em participar”, disse o presidente da empresa, Massayuki Osmar Fujimoto, contratado para tocar a Paggo.

A ideia da Paggo é não ser restrita às operações da Oi. “Queremos ser multioperadora e multibandeira”, disse Fujimoto. A avaliação é que, se a operação ficar restrita a uma única operadora, o desenvolvimento dos pagamentos com celular fica travado.

A Paggo foi criada em setembro do ano passado, com 50% da Oi e 50% da Cielo. Segundo o executivo, qualquer novo sócio que entrar terá a mesma participação que as duas empresas. Por exemplo, se entrar um terceiro sócio, cada um dos três acionistas teria 33,3% da empresa. Se entrar outro quarto sócio, seriam 25% para cada.

A Paggo tem sede em Alphaville e também está contratando executivos. A ideia é ter uma equipe de 25 pessoas. Por enquanto, já puxou alguns profissionais da Cielo e da Oi. “Mas vamos buscar outros no mercado até o final do ano”, disse ele.

O primeiro projeto da Paggo é habilitar os terminais da Cielo instalados em estabelecimentos comerciais do Nordeste para aceitar o novo cartão lançado nesta quinta-feira pela Oi e pelo Banco do Brasil, com a bandeira MasterCard.

O plástico é o primeiro que também vai permitir pagamento por celular. Ao emitir o cartão, o BB já habilita o celular do cliente para os pagamentos. Nas compras, basta digitar o número do celular no terminal da Cielo que faz a captura das transações (chamado de POS). O cliente recebe uma mensagem de texto logo em seguida, digita a senha do cartão no celular e a transação é completada. “Tudo isso demora quatro segundos”, diz o superintendente de produtos e serviços financeiros da Oi, Gabriel Ferreira.

Até meados de 2012, todos os terminais da Cielo devem estar habilitados para aceitar o pagamento com celular. Até o final do ano serão os POS da região Nordeste.

Porta a porta

Além do uso do celular como meio de pagamento, a Paggo também está desenvolvendo um projeto para transformar o celular em terminal de captura de transações com cartões. Segundo Fujimoto, esse serviço tem como alvo os vendedores porta a porta, como as empresas de entrega e mulheres que vendem produtos de perfumaria. Os testes devem começar no segundo trimestre de 2012.

A estimativa é que existam 3 milhões de pessoas no Brasil que vendem produtos porta a porta.
Fonte:oestadodesp29/09/2011