A disputa pelo venerável estúdio tem sido apresentada como os homens do dinheiro contra os criativos, mas o resultado pode ajudar a decidir quem sobreviverá na era do streaming.

Ao longo de seus 98 anos de história, o estúdio da Paramount Pictures sobreviveu à chegada do cinema falado, à falência, à Grande Depressão, à ascensão da TV e uma séria de diferentes proprietários. A questão agora é se a propriedade de 264.000 metros quadrados na Melrose Avenue – o último grande estúdio remanescente no distrito de Hollywood, em Los Angeles – poderá sobreviver à era do streaming.

A família Redstone, que controla a Paramount desde 1994, está considerando a possibilidade de vender a companhia por trás de sucessos como “Crepúsculo dos Deuses”, “O Poderoso Chefão”, “Chinatown” e “Titanic”.

O destino do estúdio pode depender de qual dos dois licitantes – um apoiado pelo filho de um bilionário do setor de tecnologia, amante do cinema, e o outro por uma grande firma de private equity – sairá vencedor.

Analistas de Wall Street começaram a calcular quanto o estúdio pode valer se for vendido. “Talvez o terreno do estúdio valha mais de US$ 1,5 bilhão, dada a escassez dos ativos de estúdio, ou simplesmente porque o terreno tem valor no coração de Los Angeles”, escreveram em dezembro analistas da LightShed Partners.

Há receios em Hollywood de que a Apollo, o grupo de private equity que está oferecendo US$ 26 bilhões pelos ativos da Paramount, juntamente com a Sony, possa vender a propriedade da Melrose Avenue se sua oferta for aceita. A Apollo diz que pretende comprar “toda a empresa”… leia mais em Valor Econômico 16/05/2024