Unir marcas, influenciadores e consumidores em um só lugar, gerando valor para os três personagens principais desta história: este é o objetivo da fen, plataforma que funciona como marketplace, com cara de rede social. Fundada por Vinicius Miranda, Ana Guimarães e Lincoln Araújo, a empresa de social commerce acaba de captar R$ 1,7 milhão, liderado pela firma de venture capital Canary e que contou com a participação do Latitud e de investidores-anjos como Robson Privado, cofundador do MadeiraMadeira.

“A complementaridade e a ambição dos fundadores da fen nos impressionaram muito. Os três entendem muito deste mercado e de tecnologia, e têm tudo para construírem uma plataforma capaz de conectar milhares de influenciadores pelo País a marcas e consumidores, e agregar valor para as três partes”, afirma Marcos Toledo, managing partner do Canary.

De acordo com o Latin America Digital Transformation Report, estudo do fundo de venture capital Atlântico divulgado em setembro de 2021, um a cada três internautas na América Latina segue algum influenciador e mais de 40% dos brasileiros já compraram um produto por influência de um criador de conteúdo. No entanto, em uma pesquisa com mais de 5 mil influenciadores no País, metade disse ganhar menos de US$ 100 por mês e um quarto não tem nenhuma receita com a atividade.

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“A fen valoriza e gera renda para o criador de conteúdo. Ele é muito mais do que um manequim: ele muitas vezes leva informação e cultura a seus seguidores. Na plataforma, os produtos que os influenciadores usam podem ser comprados, com poucos cliques”, explica o fundador e CEO, Vinicius Miranda. “Para as marcas, é uma forma de alcançar mais visibilidade e de atingir públicos bem direcionados, trabalhando com ferramentas de tecnologia de ponta. Já para o consumidor final, a fen resolve aquele velho problema de olhar para algum objeto e ficar se perguntando onde comprar um igual ou como vivenciar aquela experiência, além de ser também um canal de entretenimento”.

Na prática, os posts dos influenciadores contam com produtos que podem ser adquiridos. Uma vez que o usuário faz uma compra, a etiqueta já pode ser gerada dentro da plataforma, de modo que a marca só precisa postar o item nos Correios e, futuramente, em outros parceiros logísticos. O consumidor recebe o código de rastreio pela ferramenta e só precisa esperar o produto chegar no conforto da sua casa. A experiência vem respaldada pelo bom desempenho da fase de testes da Fen nas últimas semanas, com métricas

Da ideia ao time fundador e construção do produto

A ideia partiu de Miranda que, desde a faculdade, tinha vontade de empreender. De uma família de classe média carioca, Miranda jogava tênis com o sonho de ser profissional e conseguiu uma bolsa de estudos na University of Northwestern Ohio, nos Estados Unidos. Na volta, foi trainee do banco Santander e trabalhou na tesouraria até chegar à Pi, onde começou a ter mais contato com tecnologia, incentivado por Roberto Campos Neto (atual presidente do Bacen), seu mentor à época. Neste período, no começo de 2019, já começou a idealizar como seria a fen e a estudar o mercado – percorrendo a pé regiões tradicionais do comércio de São Paulo, como Brás e Bom Retiro, e chegou a participar de cursos para influenciadores. No mesmo ano, aceitou um cargo de Product Manager na Quanto, de onde saiu para finalmente colocar a fen de pé, em 2020.

Foi na Pi também que Miranda conheceu Araújo, que atuava como líder de tecnologia de uma equipe. Do interior de São Paulo, Araújo também vinha querendo empreender há bastante tempo e viu de perto como a transformação digital estava impactando o sistema bancário no Santander e na Pi, e havia muitas oportunidades e problemas a serem resolvidos com tecnologia….Saiba mais em startupi.11/11/2021