O investidor Nelson Tanure aposta que a Light vai gerar ganhos elevados para seus acionistas, apesar de os investidores em títulos de dívida vislumbrarem uma perda de cerca de metade de seus recursos.

Em qualquer outro país, essa operação não faria muito sentido: geralmente as ações de empresas que se reorganizam em processo de recuperação judicial perdem valor e os credores assumem o controle. Mas peculiaridades na lei brasileira de recuperação judicial significam que a posição na Light pode ser lucrativa – uma cartilha que ele já usou com sucesso antes.

Os acionistas têm o direito de efetivamente atrasar o processo de recuperação de empresas brasileiras, dando-lhes um poder incomum para pressionar outros investidores a suportar perdas.Por que a ação da Light quadruplicou desde a mínima enquanto o credor amarga perda

Tanure, que em maio detinha menos de 10% da Light, vem comprando ações em um ritmo frenético, elevando a fatia total para pelo menos um terço da concessionária de energia do Rio de Janeiro. Sua participação vale R$ 895 milhões agora, já que sua onda de compras ajudou a impulsionar um rali de 73% nas ações este ano e ganhos de cerca de 316% desde as as mínimas do ano até  … leia mais em Valor Econômico 31/07/2023