A Positivo fechou a compra de 50% da Hi Technologies, uma companhia de Curitiba especializada em equipamentos para a área médica.

O valor do negócio não foi revelado.

No mercado há pouco mais de uma década na Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), a Technologies começou com um sistema de telemedicina e, hoje, produz oxímetros, aparelhos para monitoramento de partos, sistemas de laudos de eletrocardiogramas e detectores de apnéia do sono.

A companhia foi fundada por Marcus Figueredo, 32 anos, CEO, e Sérgio Rogal Júnior, 33, CTO da empresa.

Ambos são ex-alunos da PUC-PR. Figueredo é engenheiro de computação, doutor e mestre em informática. Já Rogal é engenheiro de computação e mestre.

Em 2006 uniu-se ao time Carlos Eduardo Liparotti Chaves, mestre em administração de empresas pela PUC-Hoje diretor de Operações, responsável pela produção e distribuição dos equipamentos da empresa.

“Juntos, poderemos estudar formas de ampliar performance e ganhar escala de produção para atender a demanda que está reprimida”, ressalta Hélio Rotemberg, presidente da Positivo.
Hoje, os produtos da Hi Technologies são usadas em 100 hospitais em 22 estados brasileiros. O mercado potencial é estimado pela companhia em 5 mil.

A aquisição de uma parte da Hi Technologies faz parte de um movimento de diversificação da linha de produtos para longe do problemático mercado de PCs, junto com a entrada no mercado de smartphones e o licenciamento da marca Vaio no país.

Parte do plano parece incluir apostar em novos talentos. A Quantum Go é produto da iniciativa de Marcelo Reis, Thiago Miashiro e Vinicius Grein, três jovens funcionários da Positivo que iniciaram a empresa como um projeto pessoal.

A Positivo precisa de novas perspectivas. A companhia fechou o ano passado com uma receita líquida de R$ 1,84 bilhão no ano passado, uma queda de 20,9% frente aos resultados de 2014.
A empresa também viu o seu EBITDA cair 37%, para R$ 90,1 milhões e entrou no vermelho, saindo de um lucro líquido de R$ 23,3 milhões para um prejuízo de R$ 79,9 milhões.

Esse é o segundo ano de resultados ruins da Positivo, que já havia tido queda de receita de 9,2% em 2014 frente a 2013.

Os resultados acontecem em meio ao derretimento do mercado brasileiro de PCs. Segundo dados do estudo IDC Brazil PCs Tracker Q4, foram vendidos 6,6 milhões de computadores de janeiro a dezembro, o que representa uma queda de 36% na comparação com 2014.

Os problemas da Positivo causaram o impacto simbólico de perder a liderança do mercado nacional de PCs para a Dell, que em maio do ano passado anunciou ter assumido a posição de número 1, com um share de 15,8% segundo o IDC. Maurício Renner // Leia mais em baguete  04/04/2016