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Foram 62 votos a favor e um contra, em uma sessão sem a presença da oposição ao governador do Estado, Tarcisio de Freitas (Republicanos).

A privatização da Sabesp foi aprovada hoje pela Assembleia Legislativa de São Paulo por 62 votos a favor e um contrário, em uma sessão sem a presença da oposição ao governador do Estado, Tarcisio de Freitas (Republicanos). A votação foi marcada por protestos e pela violência policial, que jogou spray de gás pimenta e bomba de efeito moral contra os manifestantes. O projeto vai à sanção do governador.

A venda da empresa de água e saneamento é uma das principais bandeiras de Tarcísio de Freitas e deve ser usada pelo mandatário para buscar projeção nacional, com vistas às eleições de 2026.

Para aprovar o projeto de lei, era preciso o apoio de pelo menos 48 dos 94 deputados. O voto contrário foi da deputada Delegada Graciele (PL).

Sabesp privatizada

No início da votação, 40 minutos depois do início da sessão, dezenas de manifestantes protestaram contra a privatização da Sabesp e houve confronto com a polícia, que reprimiu fortemente os protestos. A sessão teve de ser interrompida depois que a PM jogou bomba de efeito moral e o gás pimenta.

O presidente da Assembleia, André do Prado (PL), decidiu retomar a sessão e o projeto foi votado cerca de 40 minutos depois.

Parlamentares do PT, Psol, PCdoB, Rede e PSB decidiram não voltar ao plenário para a votação, depois da ação policial e do gás pimenta no plenário.

O líder da federação PT-PCdoB-PV, deputado Paulo Fiorilo, disse que era “impossível e inadmissível” voltar ao plenário para a votação. “Muitos deputados não podem voltar nessa situação”, disse. “É um erro, um equívoco votar hoje”, afirmou.

A oposição citou os casos de parlamentares que, por questões de saúde, não podem respirar o gás pimenta, como Paula Nunes (Psol), que está no fim da gravidez. Monica Seixas (Psol), que sofreu um aborto recentemente, e Leci Brandão (PCdoB) e Eduardo Suplicy (PT), que são idosos, também foram citados como parlamentares que não poderiam voltar ao plenário, contaminado com o forte cheiro do gás.

Relator do projeto na Alesp, Barros Munhoz (PSDB) comemorou o placar e disse que venceu a “democracia” e a “maioria”… Leia mais em valorinveste.globo 06/12/2023