A edtech amapaense Proesc.com acaba de receber seu primeiro investimento, no valor de R$ 8 milhões. A startup atua como uma plataforma de gestão escolar online e está presente em mais de 1,5 mil escolas de todos os estados do Brasil, além de operar em Moçambique, Portugal, Senegal e Angola.

O aporte foi feito pela SQUARE Knowledge Ventures, holding de investimentos em tecnologias para aprendizagem, que agora se torna sócia da empresa. Com os recursos, a startup pretende aprimorar seu produto e aumentar o número de clientes, dobrando a quantidade de escolas atendidas.

A empresa também anunciou o plano de abrir quatro novas unidades de negócio, mas ainda não dá detalhes sobre os planos. Outro objetivo é expandir os projetos implementados no continente africano e chegar à América do Sul e América Central.

A Proesc foi fundada em 2008 por Lindomar Góes, Felipe Ferreira e Elias Teixeira. A motivação para dar início à startup foi a vivência de Góes como professor. “Ele tinha uma dificuldade muito grande de fazer as suas atividades diárias. Tudo era feito de uma maneira muito manual, o que tirava o tempo dele se preocupar com a qualidade da educação”, conta Felipe Ferreira, CEO e cofundador da Proesc.

Proesc startup que ajuda escolas a otimizar gestão recebe aporte

Na época, os sócios criaram uma plataforma dedicada a digitalizar tarefas de professores e escolas, permitindo fazer chamadas e registrar notas de maneira eletrônica. Eles começaram atendendo a rede pública de ensino e assinaram um contrato com o governo do Amapá.

A startup também passou a atender a rede privada, pois viu nessas escolas a chance de ganhar notoriedade nacional, o que contribuiria para o sonho dos empreendedores de exportar uma tecnologia do Amapá.

Com o tempo, a edtech passou a oferecer soluções financeiras, por meio do aplicativo Proesc Pay. Entre as funcionalidades está a cobrança automática de mensalidades. “Fomos evoluindo. Hoje, a gente gerencia desde o processo de entrada do aluno da matrícula online, sem que ele precise sair de casa para fazer assinatura do contrato, até os pagamentos”, detalha Ferreira. Segundo ele, a plataforma se mostrou capaz de reduzir em até 80% da inadimplência escolar.

“Nosso software permite que os gestores escolares direcionam suas energias para o que mais importa: a qualidade da educação”, diz o empreendedor. “Queremos ter uma solução forte no mercado brasileiro para conseguir exportar o serviço com uma qualidade ainda maior. O investimento, para a gente, representa a melhoria de processo de produto e abertura de mercado”, complementa.

Os planos de assinatura da plataforma variam de acordo com o número de alunos da unidade de ensino. Uma escola de 100 alunos, por exemplo, paga em média de dois a três reais por estudante — ou seja, uma mensalidade de cerca de R$ 300. Os tipos de soluções implementadas também variam de acordo com a necessidade de cada escola.

“Com o investimento, estamos lançando agora a visão do Proesc para a escola prime. Escolas que faturam um valor maior exigem um nível de serviço mais complexo, com mais pessoas participando do processo de gestão, e essas escolas vão ter um plano diferenciado”, aponta Ferreira.

O faturamento da startup em 2022 foi de cerca de R$ 7,5 milhões. Para este ano, a expectativa é alcançar R$ 13 milhões… leia mais em PEGN 16/03/2023