Após suspenderem as ofertas no auge da crise, entre março e abril, empresas agora começam a retomar os planos de IPO
Apesar das incertezas, o clima de pânico do mercado parece ter ficado para trás, e aos poucos o que parecia uma tendência de aberturas de capital este ano e foi paralisada por conta da crise, começa a ser retomada.
Na tarde desta sexta-feira (19), a rede de varejo de material de construção Quero-Quero retomou seus planos para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ao atualizar seu prospecto preliminar.
A empresa já tinha dado início ao processo, mas acabou suspendendo os planos conforme a tensão aumentou no mercado a partir de março por conta da pandemia do novo coronavírus.
A Quero-Quero é controlada desde 2008 pela gestora americana de fundos de private equity Advent International e tem 346 lojas na região Sul do país.
A operação contará com uma oferta primária e uma secundária e segundo a companhia os recursos serão usados para abrir e reformar lojas, investir em centros de distribuição e reforçar o capital de giro. São coordenadores da oferta o BTG Pactual, Bank of America, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil.
Outra companhia que trouxe novidades para o seu IPO foi a Ambipar, que faz gestão de resíduos e de resposta a emergências. No fim do dia, a empresa informou que a faixa de preço para o lançamento de suas ações foi definida entre R$ 18,75 e R$ 24,75.
Após suspender seu processo de abertura de capital em 9 de abril, a Ambipar retomou os planos no final de maio. A operação é parte de um plano dela para reforçar o crescimento via aquisições e ampliar sua atuação internacional, que envolve desde atuação em desastres ambientais até programas de contenção a epidemias. Por Rodrigo Tolotti Leia mais em infomoney 19/06/2020