A Raízen protocolou nesta quinta-feira, 3, pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em uma distribuição que pode ser a maior da história. A Coluna do Broadcast antecipou em maio que o protocolo seria feito no início deste mês, e informou que a distribuição deve movimentar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, o que a credenciaria entre as maiores da história da B3.

A empresa, uma joint venture entre a Cosan e a Shell, pediu registro no Nível 2 da Bolsa brasileira. A oferta será de ações preferenciais, sem direito a voto, mas com preferência no pagamento de dividendos.

Nos últimos dias, a companhia promoveu uma série de alterações na preparação para a oferta. Uma delas foi a alteração da razão social: a Raízen Combustíveis S.A. passou a ser denominada apenas Raízen S.A.. A companhia tem como controlada a Raízen Energia.

Como mostrou a Coluna, a oferta deve buscar investidores interessados no tema de sustentabilidade, principalmente ao mostrar ao mercado a presença da companhia no setor de biocombustíveis. Estrangeiros que já investem nas controladoras da Raízen teriam demonstrado interesse em fazer aportes na oferta, cujo preço das ações deve ser definido em meados deste mês.

“Nós nos consideramos um líder mundial em biocombustíveis e uma referência global em sustentabilidade, na vanguarda de importantes tendências internacionais em transição energética desenvolvendo soluções com baixa emissão de carbono”, informa a companhia em seu formulário de referência, que foi atualizado junto com o protocolo da oferta.

No documento, a empresa destaca ainda que é uma das “maiores e pioneiras” empresas integradas de energia renovável do mundo.Segundo a companhia, sua escala e a presença de seus ativos são vantagens competitivas importantes. A Raízen destaca ainda que mesmo durante a recessão de 2015-2016 no Brasil e a crise da pandemia da covid-19, cenários de forte deterioração da economia das regiões em que atua, entregou resultados resilientes.

Para o futuro, a empresa afirma que quer apostar em frentes como a do etanol de segunda geração (E2G), o biogás e a produção de “pellets” de cana-de-açúcar para a exportação para países como a Alemanha, onde o material substitui o carvão na geração de energia.

O grupo também afirma que busca expandir a geração de energia solar através da chamada geração distribuída, expandir a rede de lojas de conveniência em postos de combustíveis e aumentar o engajamento digital dos clientes.. Estadão Conteúdo Leia mais em istoedinheiro 03/06/2021