Segundo a Abimaq, setor está vivendo período de ociosidade.
Situação é reflexo da crise que atinge principal cliente do setor: a indústria.

O setor de máquinas do Brasil está vivendo o período de maior ociosidade, segundo a Abimaq  (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos). As empresas estão vendendo menos e trabalhando bem menos também. As demissões já passaram dos 30 mil funcionários nos últimos 12 meses.

Em uma empresa que fabrica equipamentos para as áreas naval, o faturamento desabou este ano: queda de 40% no primeiro semestre, na comparação com os primeiros seis meses de 2014.

O quadro de funcionários foi reduzido na mesma proporção. Os clientes suspenderam contratos e a empresa ainda teve que lidar com o aumento da inadimplência.

“Nesse momento longe de pensar em fechar as portas, ao contrário, nós estamos buscando alternativas de mercado e tentando recolocar nossos produtos em outros mercados” fala o diretor da empresa, Paulo José de Freitas.
O setor de máquinas e equipamentos anda com boa parte da linha de produção parada. Isso aconteceu principalmente em julho quando o setor operou com apenas 66% da capacidade.

A Abimaq, Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos, diz que o setor nunca teve tantas máquinas paradas: 34% estão ociosas.

Isso acontece porque o maior cliente do setor, a indústria, está comprando bem menos. O consumo de máquinas e equipamentos caiu 3,4% em julho na comparação com julho do ano passado. Só em 2015 a queda é de 4,6%.

As exportações também caíram: 18,7%. Nos últimos 12 meses, o setor demitiu 33 mil pessoas e mais gente pode perder o emprego.

“Um empresário não vai manter empregado sem que fabrica tenha trabalhado para ele. A máquina parada e o custo de manter é muito alto. O empresário tem que cortar custo o que governo não faz, infelizmente a opção do empresário muitas vezes é pela demissão”, fala o presidente executivo da Abimaq, José Velloso. Roberto Paiva Leia mais em G1 27/08/2015