No mercado desde meados de 2021, a Malga, startup de processamento de pagamentos, pretende acelerar a sua a solução e investir 15 milhões de reais ao longo de 2023. A empresa atua na intrincado indústria de pagamentos brasileiro, que reúne um número variado de meios e gera muitas “dores de cabeça” para as empresas.

“O ambiente no Brasil é quase hostil. Eu rodei sistema de pagamento ao redor do mundo, em quase todos continentes com exceção da Antártida. E o Brasil é um dos mercados mais difíceis”, afirma Vilhena, cofundador e CEO da Malga.

Entre os principais problemas, estão questões como:

  • Transações negadas
  • Alto custo de processamento
  • Necessidade de integração com diferentes produtos – cartões de débito e crédito e soluções locais como PIX e boleto e suas variações, como boleto parcelado e à vista.

De acordo com dados da Visa, 23% das transações no Brasil são recusadas por diversos motivos, entre os falha de conexão entre adquirente, bandeira e banco emissor, problemas de processamento, timeout e falsos positivos, quando há suspeitas de fraude.

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Como a empresa foi criada

Por trás da startup, estão três amigos de longa data. Vilhena trabalhava no escritório de Madri, na Espanha, da Braintree, plataforma de pagamentos adquirida pelo PayPal em 2013, quando teve a ideia em meados de 2019.

O passo seguinte foi compartilhá-la com os outros dois amigos, também atuantes na indústria de processamento de pagamentos. Thiago Garuti, COO e ex-Medicinae Solutions, fazia integrações de sistemas, e Marcel Nicolay, CTO e ex Zoop e ex Gympass, desenvolvia as infraestruturas.

Passados alguns meses depois, a Malga, então sob o nome de Plug Pagamentos, recebeu o primeiro aporte no começo de 2020, uma rodada de U$ 300 mil dólares captada com investidores pessoas físicas, profissionais do mercado de pagamentos e também family & friends.

O desenvolvimento levou um ano e a operação começou em março de 2021, processo que foi sucedido por uma aceleração na Y Combinator.

No mesmo ano, a startup obteve uma rodada de capital semente 2,7 milhões de dólares, com participação dos fundos QED, Verve Capital, Latitud e Norte Ventures. Em 2022, o valor foi ampliado, totalizando 6,5 milhões de dólares, extensão liderada pelo Costanoa, um fundo de investimentos em empresas early stage.

Como os 15 milhões de reais serão investidos

Entre as iniciativas para fomentar o crescimento, a startup tem principal destino dos 15 milhões de reais o fortalecimento do produto e a introdução de novas funcionalidades. Uma inovação para os próximos meses é prover mais autonomia aos clientes, permitindo que habilitem ou desabilitem um determinado provedor de pagamentos.

A estratégia passa também por investimentos em vendas e marketing, áreas que receberão 15% dos R$ 15 milhões previstos para este ano. Os outros 15% serão destinados a iniciativas de cultura e engajamento do time, composto por cerca de 50 profissionais.

Consolidada a estrutura no Brasil, a Malga pretende começar a fincar os pés em outros países da América Latina, onde já atuam de forma “reativa”. A expectativa é de que o cenário comece a se tornar uma realidade a partir do terceiro ou quarto trimestre. Leia mais em exame 02/02/2023