A recém-criada startup Illios acaba de receber um aporte de US$ 800 mil da Fuse Capital, com participação da Transfero, para estruturar suas operações e ampliar no Brasil o acesso à rede Helium (HNT), que usa o protocolo LoRaWAN (Long Range Wide Area Network) aliado a incentivos de remuneração em criptoativos.

Para que isso aconteça, a Illios vai ofertar no Brasil hotspots de conexão, e oferecerá o serviço de gestão dos nós de rede aos proprietários.

A Helium foi criada em 2013 com a missão de fornecer o primeiro WiFi de ponta a ponta (do inglês, “peer-to-peer”).

Na prática, qualquer pessoa ou empresa que adquirir um hotspot pode prover a rede, que usa bandas não licitadas, tem longo alcance e baixa intensidade – algo vantajoso para serviços de IoT (internet das coisas) simples, como monitoramento de iluminação urbana, de produtos na cadeia de fornecimento ou gestão de semáforos de rua.

Leia também demais posts relacionados a Startups  no Portal Fusões & Aquisições

Já a vantagem para o proprietário dos hotspots é a remuneração pelo uso da internet em tokens HNT, criptomoeda nativa da Helium.

Hoje, há inúmeros nós de rede espalhados pelo mundo, mas a tecnologia é ainda incipiente na América Latina. A Illios pretende preencher esse deserto facilitando o acesso aos modems e à gestão sobre seu uso.

“A remuneração em HNT pode ser convertida em dólares e ser usada no mundo real. O valor acaba dando também estabilidade à rede, pois é um incentivo para que não seja desligada pelos proprietários”, diz o cofundador da Illios Lucio Netto.

“Nosso objetivo é minerar com propósito, ao permitir o desenvolvimento de soluções em IoT para pessoas, governos e empresas.”

Antes da Illios, Lucio e seu sócio, Gustavo Nascimento, criaram a Phygitall, empresa de IoT baseada em LoRa.

Entre os projetos da Phygitall estão os desenvolvidos para a Marinha do Brasil, a Embraer (EMBR3), a Gerdau (GGBR4; GGBR3) e a Ambev (ABEV3). Eles também projetaram a Rede IoT Brasil, organização sem fins lucrativos, com o objetivo de pensar aplicações reais para a internet das coisas no país.

“Essa semente que plantamos lá atrás se mostrou muito viável na fundação da Illios, pois retoma nosso interesse de não só trazer aplicações para a indústria e o público em geral, mas trazer conectividade”, diz Gustavo.

“A Illios se predispõe a construir uma rede sem fio com governança, estratégia de rede segura e que é, ao mesmo tempo, colaborativa”, acrescenta.

A estruturação da empresa foi feita com o apoio da Fuse. Com o aporte, a Illios pretende ter dez hotspots instalados na cidade do Rio de Janeiro até o final deste mês.

Posteriormente, irá fabricar seus próprios aparelhos. Os empreendedores também querem criar parcerias com universidades para fomentar a educação para essa tecnologia, com spacelabs e disponibilização de instrumentos e recursos que permitam a prototipação de dispositivos para as instituições de ensino….Leia mais em MoneyTimes 20/01/2022