O diretor-presidente da SulAmérica, Ricardo Bottas, a vice-presidente de Saúde & Odonto, Raquel Giglio, e o vice-presidente de controle e relações com investidores, Clovis Poggetti Junior, afirmaram na reunião anual da companhia que o pipeline de fusões e aquisições avançou significativamente em qualidade e quantidade, ante o informado durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, quando avaliava ao menos sete empresas e parcerias.

A seguradora, cuja receita total cresceu 5,8% no ano até setembro, para R$15,64 bilhões, já vê a sinistralidade retomando aos patamares pré-pandemia, mantendo firme sua estratégia de crescer via aquisições.

A estratégia não se resume ao segmento, mas está focada, especialmente, nos negócios denominados midticket, ou seja, de tickets com valores menores em comparação aos produtos tradicionais da SulAmérica, considerados mais premium.

Leia também demais posts relacionados a Seguros no Portal Fusões & Aquisições.

Imagem: Reprodução / Pxfuel

Assim como no caso da aquisição da Paraná Clínicas, de Curitiba, no ano passado, e da carteira com 25 mil vidas da Santa de Ponta Grossa, em Ponta Grossa, ambas no Paraná, em outubro, a SulAmérica tem empresas regionais como alvos estratégicos de aquisição e futuras parcerias. A seguradora afirmou que neste ano já começou a avançar pelo interior de São Paulo, reconhecido pela renda mais alta da população e melhor qualidade de vida.

Além das fusões e aquisições

A SulAmérica deixa claro, entretanto, que a estratégia de crescimento não depende apenas de fusões e aquisições: contempla também ampliação dos negócios já existentes no portfólio e lançamento de produtos. Há, segundo a companhia, um grande potencial para crescer tanto em saúde como em odontologia no Brasil.

Seguros de vida representam cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto, PIB, no Brasil, puxado pelos financiados pelas empresas aos seus trabalhadores. Sem as empresas, respondem por aproximadamente 0,1% do PIB. Em relação aos planos de saúde privados, atingem cerca de 24% da população, exemplifica a empresa a respeito das janelas de oportunidades no mercado nacional.

A taxa de sinistralidade está retornando gradualmente aos patamares pré-pandemia com o avanço da vacinação e o arrefecimento da covid-19, afirmaram os executivos. “Ontem, 122 pacientes da SulAmérica estavam internados com covid-19, mas esse número já chegou a 3 mil”, resumiu Giglio.

O retorno dos procedimentos eletivos ainda impacta as taxas de sinistralidade, mas esses também já estão em processo de estabilização, garantem. A sinistralidade consolidada da companhia alcançou 84,6% no terceiro trimestre e 83,7% no acumulado do ano até setembro, ainda refletindo impactos da covid-19.

Em 2022, eles preveem o fim da pandemia, o retorno da sinistralidade à normalidade e crescimento acelerado do setor. “Está se fechando um ciclo desafiador. A empresa vai surfar na onda da retomada em 2022, mas, principalmente por ser uma onda dela, está mais do que preparada para esta nova etapa”, enfatizou Bottas.

Desempenho das ações da SulAmérica

Perto das 15h20, a unit da SulAmérica derretia 3,01%, cotada a R$26,11. No ano, o papel acumula perda de 37,36%. No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 1,34%, aos 106,6 mil pontos…Saiba mais em tcnoticias.09/12/2021