TI – RADAR de Fusões e Aquisições, em julho/2015
O mês de julho/15, indica uma significativa redução do número de operações comparativamente ao mês anterior, com 17 negócios anunciados, representando uma queda de 48,5%. Em relação ao mesmo mês de 2014, o crescimento foi de 30,8%. O volume de fusões e aquisições de TI anunciadas nos primeiros sete meses de 2015 aumentou 29,3%, com 150 transações.
O investimento total no mês de julho chegou a cerca de R$3,4 bilhões representando um crescimento de 196% em relação ao mês anterior.
O segmento de Software concentrara o maior número de operações no mês e também no semestre.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno e médio portes foram em maior volume.
Em julho e também no acumulado dos primeiros sete meses de 2015, os investidores estratégicos foram mais ativos, bem como os de capital nacional. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores nacionais se sobressaíram no acumulado dos primeiros sete meses de 2015.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês indica um viés de alta para a expectativa de tendência.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês. corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No mês de julho/15 foram realizadas 17 transações, representando um crescimento de 30,8% em relação a julho/14 (13 operações) e uma queda de 48,5% em relação ao mês imediatamente anterior (33 transações). No acumulado dos primeiros sete meses de 2015, o crescimento foi de 29,3% comparativamente ao mesmo período de 2014.
O fluxo de transações realizadas evidencia um mercado oscilante.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em julho/15, sinaliza um sensível aumento mas não necessariamente um novo ciclo.
Os segmentos de maior volume de operações em julho/15, foram os de SOFTWARE e MÍDIA com 52% do total
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de julho, o subsegmento de Conteúdo/mídia digital e serviços de marketing (comunicação de marketing e marketing/mídia de tecnologia) de MIDIA foi o mais ativo. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.
No que tange aos montantes das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores e as não divulgadas (estimados), o mês de julho totalizou cerca de três bilhões quatrocentos e quarenta nove milhões de reais, representando um crescimento de 196,3% em relação ao mês anterior. Desse total, 93,2% correspondem ao Valores Divulgados e 6,8% Valores Não Divulgados. Oportuno ressaltar que somente uma operação (Vivendi) representou 84% dos investimentos no mês. No comparativo acumulado dos primeiros sete meses em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda é de 47%.
Comparando-se o número de transações por segmentos compiladas nos primeiros sete meses do ano, com o mesmo período de 2014, verifica-se crescimento em quatro segmentos e queda/estável em outros três. HARDWARE DE TI & TELECOM foi o de maior queda. O destaque ficou por conta do apetite dos segmentos de MIDIA e SERVIÇOS DE INTERNET, com crescimento significativo do número de transações.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No período de jan a jul/15, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram – voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
Vale destacar, no comparativo com o mesmo período de 2014, a alteração dos perfis dos investimentos. Crescimento expressivo do racional voltado para Escopo.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno e médio portes no periodo de jan a jul/15. Interessante notar a queda significativa do número de transações de grande porte no comparativo com o mesmo período de 2014.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor, das 17 operações, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 11 negócios em jul/15. Desse volume, 8 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 3 de capital estrangeiro. Os investidores financeiros, representados por Fundos de Investimentos realizaram 6 negócios, distribuídos entre capital estrangeiro com 4 e nacional com 2.
Nos primeiros sete meses deste ano, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações, bem como o Investidor Nacional. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Nacionais se sobressaem.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de julho/15, foram registrados 7 operações de 4 países de origem. No acumulado dos primeiros sete meses, foram 57 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 62,5% desse total, com 35 negócios, e os segmentos SOFTWARE e de SERVIÇOS DE INTERNET foram o mais representativos, com 32% e 26%, respectivamente.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA – EM VALOR – JULHO/2015
A maior transação em julho, com valor informado, foi a Vivendi vendendo participação remanescente na Telefônica Brasil, em uma operação de 887 milhões de dólares, com a qual resolveu um problema regulatório por possuir participações indiretas em dois grupos brasileiros de telecomunicações. 29/07/2015
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M&A – QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ