A Tractian, startup de monitoramento de máquinas industriais, anuncia nesta segunda-feira (7/8) a captação de R$ 230 milhões. A rodada Série B foi liderada pela General Catalyst e contou com a participação de DGF, Next47 — que já eram investidores — e Monashees, que movimentou um adicional de R$ 50 milhões com a compra da participação de investidores. O aporte avaliou a empresa em R$ 1 bilhão.

Fundada em 2019, a Tractian fornece tecnologia para indústrias, com dispositivos que monitoram máquinas para antecipar falhas no funcionamento e garantir que elas estão funcionando da maneira correta. A startup desenvolve todas as soluções internamente e atende clientes de diferentes setores, como Embraer, Fini e Minalba.

“Temos novos projetos tecnológicos que queremos financiar, ainda no mercado de manutenção, mas que ainda são confidenciais”, diz Igor Marinelli, co-CEO da startup, acrescentando que iniciou a rodada em junho deste ano. A captação ocorreu em três dias, e a diligência durou cerca de dois meses.

Tractian capta R$ 230 milhões

Marinelli diz que a velocidade da rodada o surpreendeu positivamente, e credita o feito ao crescimento acelerado da empresa — que acompanha a expansão das operações de seus clientes. “Mesmo se pararmos de captar clientes, dobraremos a receita a cada dois anos. Temos um grande nível de retenção”, diz Marinelli.

O empreendedor diz que já tinha proximidade com os investidores da General Catalyst, que haviam tentado aportar na última rodada da startup. “Não tinha mais espaço para eles entrarem, mas cultivamos um relacionamento. Eles já nos conheciam e acompanhavam a empresa”, afirma.

Antes deste investimento, a startup já havia captado R$ 150 milhões, utilizados especialmente para pesquisa e desenvolvimento do produto. “Acreditamos muito no diferencial tecnológico a longo prazo”, afirma. Os recursos também foram utilizados na expansão internacional da startup, que chegou ao México, no início de 2022, e aos Estados Unidos, em janeiro de 2023.

Segundo o empreendedor, a Tractian iniciou operação em outros países para entender empresas que já eram suas clientes no Brasil, mas possuíam fábricas em outras partes do mundo. “Foi um impulsionador para que a gente oferecesse suporte local”, afirma Marinelli. A estratégia funcionou como uma abertura de mercado, e a startup conseguiu alcançar empresas que não possuem operação no Brasil.

Para isso, a startup transferiu parte do time. São 50 funcionários na Cidade do México e outros 20 colaboradores em Atlanta, nos EUA. Ao todo, a Tractian tem 300 membros na equipe. “Estamos contratando em todas as áreas, mas não colocamos uma meta para crescimento do time”, diz o fundador… leia mais em PEGN 07/08/2023