Braço de investimentos do Banco Mundial, a International Finance Corporation (IFC) vai fortalecer o funding da Trademaster para crédito a pequenos e médios varejistas no Brasil. Por meio de um FIDC estruturado pela Solis Investimentos, a fintech pode receber até R$ 250 milhões da instituição.

“Faz parte do nosso DNA o apoio às empresas em momentos de volatilidade, porque sabemos que são elas que geram emprego. A gente atua com um movimento contracíclico”, diz Rogerio Santos, executivo da IFC responsável pela área de instituições financeiras para o Brasil e Cone Sul. “Temos como objetivo fortalecer fintechs que fomentam esse ecossistema como um todo”. Em 2020, a IFC aportou R$ 160 milhões na Red Asset, também de crédito e recebíveis para PMEs, no Brasil.

A Trademaster opera essencialmente estendendo prazo e melhorando condições de pagamento dos varejistas junto a seus fornecedores. Dessa forma, a plataforma alivia o capital de giro e amplia o mix das PMEs.

Nos últimos 12 meses, a Trademaster transacionou um volume financeiro superior a R$ 16 bilhões, o que representa um crescimento de 140% na operação durante o período. Hoje, a plataforma atende a mais de 800 mil varejistas, e agrega cerca de 100 conveniados — grandes indústrias nacionais e multinacionais e distribuidores.

Trademaster tem R$ 250 milhões de funding

“É super importante esse investimento, porque tem um alinhamento de propósito. Nosso objetivo é o empoderamento do varejo no Brasil e foi muito encorajador encontrar um parceiro financeiro deste porte que vai nos apoiar nessa jornada de democratização do crédito”, diz Francisco Pereira, CEO da Trademaster. “Ainda mais agora, num momento em que já começamos a sentir a contração de crédito para o pequeno e médio varejo.”

Batizado de Tradepay, o fundo criado ainda em 2020 conta ainda com outros investidores não divulgados. Após o novo aporte, o veículo alcançou cerca de R$ 680 milhões em volume. Atualmente, são 70 mil PMEs alcançadas pelos recursos do fundo, mas, ao todo, cerca de 150 mil negócios já foram impactos apenas por este FIDC. Pelo acordo, a IFC deve realizar saída em cerca de três anos.

O veículo estabelece ainda parâmetros de ESG e inovação, o que fez com que o exigente processo de due diligence da IFC se estendesse por ainda mais tempo. Ao longo de todo o último ano, a Solis adequou seus processos de triagem e seleção de ativos para buscar novas fintechs que sejam potenciais investimentos da instituição. O objetivo é investir de forma consistente para reduzir um gap de financiamento de US$ 107 bilhões que hoje afeta das micro às médias empresas no Brasil, de acordo com o levantamento do SME Finance Forum, administrado pela própria IFC…. leia mais em Pipeline 22/08/2022