A Wiboo, plataforma que conecta marcas e influenciadores com monetização em criptoativo, quer escalar seu negócio também na comunidade gamer. A companhia acaba de fechar uma transação societária com a Cria, um estúdio de games e publicidade, e abriu uma rodada série A para buscar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões e acelerar a operação conjunta.

Os sócios da Cria vão trocar 35% do capital por 3,5% da Wiboo, que foi avaliada em R$ 375 milhões. Apesar da transação minoritária, isso vai resultar na união operacional das companhias, que passa a funcionar como WibooCria, com faturamento projetado de R$ 200 milhões para este ano.

“Depois de passar por uma fase em que cripto era coisa para entusiasta, estamos vivendo um momento de institucionalização dessas ferramentas e do mercado”, diz Pedro Alexandre, cofundador da WiBooCria. “Já estamos nos preparando para a terceira grande onda, que é a adoção massiva dessas tecnologias.”

Com acionistas como a Treecorp, gestora que tem Roberto Justus como sócio, e o grupo de supermercados Shibata, a Wiboo iniciou ainda em 2014 a construção do que seria uma plataforma de fidelidade para as marcas. Hoje, num conceito de nanoinfluência, os clientes podem recomendar produtos que consomem e ser remunerados com a criptomoeda própria do ecossistema, a Wibx — a primeira moeda brasileira da economia Web3.0 negociada na plataforma do Mercado Bitcoin.

Investida da Treecorp Wiboo incorpora Cria

A solução atraiu outras empresas do universo cripto e também nomes tradicionais como Grupo Petrópolis, Vivo, Cimed, Sebrae e Banco Pan. Depois de ser lançada no mercado secundário, há três anos, a Wibx passou a ser movimentada em grande volume, não só por consumidores das marcas. Hoje, é o token brasileiro mais transacionado no mercado secundário e e já movimentou R$ 2 bilhões desde a listagem em 2020.

“Um dos nossos conselheiros, lá atrás, brincou: ‘esses caras estão vendendo uma lâmpada, mas na verdade construíram um shopping inteiro e não sabem’. Ali a gente entendeu que tinha um negócio”, diz Alexandre. Hoje, a plataforma conta com uma base 100 clientes institucionais de médio e grande porte e cerca de 800 mil usuários ativos.

Empresa mais jovem, a Cria foi fundada em 2019. O estúdio de games e publicidade realiza, a pedido de marcas, ações no metaverso, falando a linguagem da geração Z — o que ainda é um desafio para marcas tradicionais. Em parceria com grandes agências, como RGA, Jnto, Gut e Live, fez projetos para companhias como Natura, Mercado Livre, Risqué, Vivo e Qualcoom, e traz reforço para estratégia de comunidades da Wiboo.

A Wiboo sozinha já havia captado mais de R$ 15 milhões junto ao mercado, enquanto a Cria não tinha ainda acionistas institucionais na base… leia mais em Pipeline 18/09/2023