Se os primeiros meses de 2023 foram marcados pelas incertezas, sobretudo dos rumos da economia — do país e global — e de como seria o início da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa para o próximo ano, por ora, parece menos nebulosa e de retomada de negócios. “O que podemos dizer é que 2024 será o ano dos IPOs [ofertas iniciais de ações], diz Cristiano Guimarães, responsável pelo banco corporativo e de investimento do Itaú BBA, em entrevista ao Valor.

O momento representa uma inversão rápida de cenário. No início do ano, depois do trauma dos eventos corporativos juntamente com o ambiente de juros altíssimos — e naquele momento sem previsão de início de queda — , uma pergunta pedindo previsões para o mercado de capitais no Brasil poderia trazer uma resposta decepcionante ao interlocutor. Naquele momento, não se arriscaria imaginar quão rápida seria a retomada. No entanto, o mercado de ações acelerou e pegou ritmo. Em renda fixa, tanto local quanto lá fora, as empresas voltaram a acessar capital. Os estrangeiros, que estavam mais distantes, voltaram a alocar e têm aumentado a exposição.

‘2024 será ano dos IPOs'
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No Itaú BBA, que ocupou a primeira posição do ranking de receitas com comissões da consultoria Dealogic na primeira metade do ano, a leitura é a de que as boas notícias vão continuar movimentando o mercado, que já está mais ativo. E toda essa mudança tem se refletido no próprio perfil das operaçõesleia mais em Valor Econômico 21/07/2023