A transformação digital e os desafios da governança corporativa. Operações de M&A em 2024 devem ganhar tração.

O ano de 2024 começa com otimismo no mercado financeiro. A previsão dos especialistas é de dinamismo nas fusões e aquisições globais, M&A na sigla em inglês. Um reflexo direto da recuperação econômica e aceleração digital que toma conta do mundo. Nesse cenário, a governança corporativa é um ponto chave para as empresas e um desafio para quem vai enfrentar um mercado extremamente complexo e regulado.

O sucesso nas aquisições depende diretamente das práticas de governança adotadas pelas empresas e do grau de maturidade dessa cultura dentro do negócio. Inovar constantemente e prever os riscos inerentes ao negócio com robustez, além de estabelecer ferramentas de acompanhamento e controle de processos fará a diferença nas movimentações que devem acontecer neste ano”, afirma Gilson Faust, Diretor Executivo da GoNext.

A Importância Da Governança No Cenário Das Fusões E Aquisições Em 2024
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Como a Governança Corporativa pode auxiliar as empresas familiares em processos de M&A?

O Brasil é um dos países da América Latina que mais realiza operações de Fusões e Aquisições. Segundo dados da KPMG, em 2023 foram realizadas 1142 operações de M&A no país. Para esse resultado, a governança corporativa é um ponto central. Empresas com governança sólida são empresas mais transparentes, com um sistema de dados mais robusto e fluxos claros, o que facilita a tomada de decisão em processos de Fusões e Aquisições. Essas empresas tendem a promover operações mais bem sucedidas e garantem a sustentabilidade pós-M&A.

Além disso, despertam mais confiança no mercado. “Nas empresas familiares a implantação da governança sólida é crucial para quem deseja fazer operações de M&A em 2024. A prática da governança protege não só a família empresária, como também garante que o processo de integração com a nova empresa seja mais eficaz. Dados e fluxos bem informados facilitam os processos de due diligence e a avaliação de ativos, além de conquistar maior confiança do mercado”, conclui Faust.

Transparência e Prestação de Contas:

Empresas com uma sólida governança corporativa geralmente são mais transparentes em relação às suas operações e finanças.

A transparência facilita a avaliação dos ativos e passivos de uma empresa durante o processo de due diligence em uma transação de M&A.

A prestação de contas clara cria confiança entre as partes envolvidas, o que é fundamental para o sucesso de uma fusão ou aquisição.

Eficiência na Tomada de Decisões:

Estruturas de governança eficazes agilizam o processo decisório. Em transações de M&A, a agilidade é crucial, pois a demora nas decisões pode impactar negativamente o valor da transação.

Gestão de Riscos:

A governança corporativa eficaz ajuda a identificar e gerenciar riscos. Durante uma fusão ou aquisição, a capacidade de avaliar e gerenciar riscos, como questões legais, regulatórias e financeiras, é vital.

Proteção dos Interesses dos Acionistas:

A governança corporativa visa proteger os interesses dos acionistas, garantindo que as decisões da administração se alinhem aos objetivos da empresa e maximizem o valor para os acionistas.

Em transações de M&A, isso significa que os acionistas provavelmente terão mais confiança na direção tomada pela administração, aumentando o apoio à transação.

Atratividade para Investidores:

Empresas com boas práticas de governança corporativa são muitas vezes mais atraentes para investidores. Essa atratividade pode resultar em mais interessados em potenciais fusões ou aquisições, proporcionando à empresa mais opções e melhores condições de negociação.

Criação de Valor a Longo Prazo:

A governança corporativa visa criar valor sustentável a longo prazo.

Durante uma transação de M&A, a perspectiva de criação de valor a longo prazo é crucial para garantir que a fusão ou aquisição seja bem-sucedida a longo prazo. Autor Mirian Gasparin .. Leia mais em