O conselho de administração da Cielo reuniu-se nesta quinta (29) e decidiu convocar para 2 de abril a assembleia especial para tratar da realização de nova avaliação do preço justo por ação na oferta de aquisição de ações (OPA) da credenciadora. A decisão atende a um pedido dos acionistas minoritários, que estão questionando o valor oferecido pelos controladores.

A companhia informa que os conselheiros independentes debateram a indicação, contida nos pedidos de convocação da assembleia, de escolha do J. Safra para elaboração do novo laudo de avaliação da oferta. Eles avaliaram, no entanto, que o J. Safra pertence ao mesmo grupo que o banco Safra, que também atua como credenciadora.

Assim, os conselheiros independentes recomendam aos acionistas titulares de ações em circulação, que participarão da assembleia, que “avaliem, com atenção, a contratação da referida instituição para a elaboração do novo laudo”. Eles aprovaram, ainda, por proposta da diretoria, a inclusão do Rothschild como opção de avaliador para a elaboração do novo laudo.

Acionistas da Cielo (CIEL3) vão discutir nova avaliação em oferta

De acordo com o comunicado, os conselheiros independentes decidiram também orientar a diretoria da Cielo a não compartilhar informações, com qualquer empresa que venha a ser escolhida pela assembleia especial, “que sejam sensíveis ou estratégicas sob o ponto de vista concorrencial e, portanto, que possam resultar em prejuízos aos interesses da companhia e de seus acionistas”.

Ao anunciarem a intenção de tirar a Cielo da bolsa, os bancos controladores, Bradesco e BB, ofereceram R$ 5,35 por ação com base em relatório elaborado pelo Bank of America (BofA). Desde o início era esperado que o valor fosse contestado por minoritários.

Na semana passada, seis gestoras e os acionistas individuais Luiz Barsi e Victor Adler, que juntos têm uma fatia de quase 15% na Cielo, se juntaram para pedir a convocação de uma assembleia para que seja contratado um novo laudo…. leia mais em Valor Investe 29/02/2024