Motor do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o setor de agronegócios mais que dobrou sua participação nas operações de fusões e aquisições do país de janeiro a junho deste ano, segundo levantamento da consultoria Kroll. De acordo com o estudo, o setor elevou sua participação histórica de 1,5% para 3,8% dos negócios registrados, ou cerca de 25 transações. Já o varejo que sempre teve desempenho representativo nessas operações, próximo a dois dígitos, caiu para 4,8% de participação (31 negócios).

Agronegócio cresce e varejo encolhe nas operações de fusões e aquisições no primeiro semestre no Brasil

O levantamento da Kroll mostra que foram registradas no período, 661 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre, queda de 11,8% em relação ao mesmo período. Elas movimentaram R$ 65 bilhões. Mas a expectativa da consultoria é que o ano termine no mesmo patamar que 2022, com 1,6 mil transações.

— Na América Latina, a queda no número de fusões e aquisições é de 30% neste primeiro semestre e nos EUA a redução foi 15%. Por aqui, não usamos dívidas nas transações — afirma Pierantoni.

O que chamou a atenção no levantamento é que os investidores estratégicos participaram de 65,5% dos negócios. Ou seja, são empresas que querem aumentar o seu portfólio de produtos para ganhar mercado, por exemplo.

Aproveitam a queda de valor de mercado em situações de reestruturação de dívida, por exemplo, para comprar empresas. É um investidor que está pensando no longo prazo, diz Pierantoni, que lembra que os estrangeiros tiveram participação de 40% nos negócios.

O setor de tecnologia liderou o ranking com 14,8% de participação (97 transações). O setor de Saúde representou 6,1% (40 negócios), seguido pelos setores de produtos de consumo, energia e logística, que representaram, cada um, 4,5% (29 negócios) das transações anunciadas… leia mais em O Globo 05/07/2023