O Banco Central brasileiro conseguiu um feito que tem sido perseguido por todas as autoridades monetárias globais: um “pouso suave” da economia, com efetivo controle da inflação e ancoragem das expectativas. Essa é a avaliação do diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos. Em entrevista ao Valor, o economista elogia o trabalho do BC local: “Acho que tem feito um trabalho notável”.

Ramos faz um contraponto às críticas que o BC, que se reúne nesta semana para definir o rumo da taxa Selic, tem recebido do governo e vários setores por conta da manutenção do juro básico em patamar elevado.

BC brasileiro conseguiu ‘pouso suave' diz Goldman Sachs
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“Se a autoridade quisesse colocar a inflação na meta no fim deste ano na marra, teria de ter dado um arrocho de juros acima de 20%. Um arrocho dessa magnitude teria um custo econômico e social muito elevado.” De acordo com ele, “nas críticas ao BC, me estranha uma coisa: até parece que a inflação é apenas um número e não tem custo”. Para o especialista, “a inflação alta afeta muito mais as famílias mais pobres do que o nível de juros”… leia mais em Valor econômico 01/08/2023