A canadense Brookfield decidiu entrar no mercado de biogás e biometano no Brasil em 2024. A gestora já está em tratativas avançadas para comprar fatia de um projeto que prevê investimentos que podem chegar a U$$ 300 milhões (quase R$ 1,5 bilhão). Embora a canadense não revele a identidade da companhia com quem está negociando, ela destaca que a mesma contratou um banco para explorar propostas de investidores e encontra-se em fase de negociação com a Brookfield.

Segundo o diretor da área de energia renovável e transição da gestora, André Flores, as plantas em questão devem converter biogás para biometano, uma vez que o valor agregado é maior. “A gente vê aterros em um estágio mais maduro, com projetos grandes em operação. Numa segunda etapa, seria algo ligado à indústria de cana-de-açúcar”, disse Flores. Segundo ele, a ideia é fechar a parceria com uma indústria com crescimento acelerado de capital intensivo e aberta para sociedade. “[As nossas atuais conversas] são com parceiros para construir uma série de projetos nos próximos dois ou três anos”.

O biometano, ou gás natural renovável, é obtido a partir da purificação do biogás, uma mistura de gases que tem como origem o processo natural de decomposição de resíduos orgânicos em ambientes onde não há troca de ar – a digestão anaeróbica.

Companhias como Orizon e Solvi, que atuam há mais tempo no setor, também entraram no radar da Brookfield. O montante a ser investido envolve dívida de entre 50% e 60%. A diferença será completada com recursos próprios dedicados a economias em desenvolvimento. “Estamos captando um fundo de transição energética para investir no Brasil e em mercados emergentes”, acrescenta o executivo….leia mais em Valor Econômico 12/03/2024