A Global Infrastructure Partners (GIP) acaba de fechar a venda de ativos de energia solar em Minas, Bahia e Ceará para a Engie. As plantas dos Conjuntos Fotovoltaicos Juazeiro, São Pedro, Sol do Futuro, Sertão Solar e Lar do Sol somam 546 MW de capacidade, já com PPAs contratados.

A transação (enterprise value) é de R$ 3,24 bilhões, considerando o desembolso de R$ 2,27 bilhões e o endividamento líquido da Atlas, de R$ 971 milhões – o que a torna a maior em renováveis no país neste ano.

Santander assessorou a Engie e o BTG assessorou o GIP. Outras companhias, como Eletrobras, CTG e Spic também participaram da disputa, apurou o Pipeline, ao longo dos 10 meses de negociação dos ativos.

Engie paga R$ 2 3 bi por ativo solar

Num segmento com múltiplos pressionados, o GIP acabou de beneficiando do recuo de outros processos de M&A que estavam no mercado, como a venda de ativos da Elera – a Brookfield decidiu suspender o processo de venda diante de ofertas que considerou aquém do potencial das plantas.

A GIP comprou an Atlas das mãos do private equity Actis em outubro do ano passado. Fundada em 2016, an Atlas é uma das maiores desenvolvedoras independentes de energias renováveis da América Latina, somando até então cerca de 2,3 GW de capacidade instalada no Brasil, Chile, México e Uruguai. Após a transação, a companhia segue com quase 1,8 GW.

Apesar do negócio ser relativamente pequeno diante dos 9 GW da Engie, a transação está em linha com a estratégia global da companhia de aumentar o portfólio em renováveis.

Na assessoria jurídica local, participaram Tauil & Chequer e Mattos Filho… leia mais em Pipeline 30/10/2023