Um grupo de companhias estatais começou a se movimentar para ir a mercado, com ofertas subsequentes de ações (“follow-ons”), seguindo o exemplo da privatização da Eletrobras, que no ano passado realizou uma das maiores transações do mercado de capitais brasileiro, ao vender R$ 33 bilhões em ações. A expectativa no mercado financeiro é de que essas empresas ajudem a movimentar a atividade de renda variável, que ficou morna na primeira metade do ano, principalmente com os juros altos estacionados em 13,75% ao ano.

Dentre as principais ofertas de ações esperadas ainda para este ano está a companhia do setor elétrico paranaense, Copel, que planeja uma oferta de até R$ 5 bilhões. Outra aposta do mercado é a oferta para a desestatização da Sabesp, uma das promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas, que deve em breve contratar o sindicato de bancos para conduzir o processo.

A Copel planeja fazer sua oferta em julho, segundo fontes – oficialmente, a companhia comunicou que o prazo é até outubro. Até lá, a empresa terá que obter o aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), além de uma confirmação do TCU (Tribunal da Contas da União) sobre a renovação da concessão de suas três usinas hidrelétricas, pelo valor de outotorga de R$ 3,7 vilhões.

Além disso, o governo paranaense terá que enfrentar a resistência política no Estado contra o processo. Neste momento, parlamentares de oposição na Assembleia Legislativa tentam coletar assinaturas para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com o objetivo de apurar o processo de privatização, assim como a existência de uma dívida de R$ 3,2 bilhões decorrente de uma sentença arbitral contra a empresa – que a Copel nega. O Estado afirma que não comenta o assunto.

Estatais estaduais miram privatização no modelo Eletrobras

Modelo de oferta tem vantagens e desvantagens, depende do caso” — Karla Bertocco

Já no caso da Sabesp, a corrida é para fazer a oferta até julho de 2024, .. leia mais em Valor Econômico 27/06/2023