Os fundos de private equity, que são aqueles que compram participação acionária em empresas, estão vivendo um dos períodos de maior desafio dos últimos anos.

O cenário é provocado pela volatilidade e pelo fato de que o mercado de aberturas de capital está travado há quase três anos, tornando mais estreitas as portas para saída de investimentos. As incertezas econômicas, de outro lado, também deixaram mais complexos novos aportes. Mesmo assim, o relato é de mais movimento no setor, algo que deve se refletir nos números mais à frente.

No ano até a primeira semana de maio, a venda de ativos por gestoras que atuam no Brasil somou US$ 105 milhões e os investimentos, ou seja, desembolsos para adquirir participações em empresas, US$ 997 milhões. Segundo dados da Dealogic coletados a pedido do Valor, trata-se do pior início de ano, em ambas as pontas, desde 2020, quando a eclosão da pandemia fechou os mercados.

Para se ter uma ideia, a queda foi relevante em relação a 2023, cujo início de ano foi marcado pela revelação da fraude contábil da varejista Americanas, que fechou de forma abrupta e simultaneamente os mercados de renda variável e de renda fixa, de forma inédita. Em termos de novos investimentos, no comparativo anual, houve uma queda de 8%. Em saídas, o recuo foi ainda mais intenso, de cerca de 80%, na mesma base de comparação… leia mais em Valor Econômico 17/05/2024