Negociadores globais enfrentam seu pior começo de ano em duas décadas, enquanto obstáculos econômicos e financeiros continuam a impedir a retomada dos acordos de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês).

Os valores mundiais dos acordos encerraram janeiro em cerca de US$ 124 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. O montante caiu cerca de 66% em relação ao ano anterior e representa o valor mais baixo para janeiro desde 2003, de acordo com os cálculos.

Embora todas as principais regiões e setores tenham terminado janeiro em declínio em comparação com o mesmo período em 2022, áreas como o segmento industrial registraram quedas menos acentuadas. Isso se deu graças ao maior acordo do mês – a oferta da empresa de saneamento Xylem para comprar a Evoqua Water Technologies, em um negócio de US$ 7,5 bilhões em ações.

Fusões e aquisições no mundo têm pior janeiro em duas décadas

A transação Xylem-Evoqua foi uma entre apenas três avaliadas em mais de US$ 3 bilhões anunciadas em janeiro, mostram dados da Bloomberg, já que compradores estratégicos e firmas de private equity preferiram não gastar.

A combinação de taxas de juros mais altas e uma postura mais avessa ao risco por parte de bancos tradicionais pressionou os mercados de financiamento, o que dificultou o trabalho de firmas de aquisição, que impulsionaram as transações durante os anos de ‘boom’ para a compra de novos ativos… leia mais em Valor Econômico 01/02/2023