O Google, controlado pela Alphabet, foi acusado nesta quarta-feira por reguladores antitruste da União Europeia de práticas anticompetitivas em seu negócio de publicidade digital pode ter que vender parte dessa divisão para resolver a questão.

As pressões são maiores para o Google neste último confronto com os reguladores, uma vez que diz respeito ao maior gerador de dinheiro da empresa, com o negócio de adtech respondendo por 79% da receita total no ano passado.

A Comissão Europeia apresentou suas acusações em uma declaração de objeções, dois anos após a abertura de uma investigação.

A chefe antitruste do bloco, Margrethe Vestager, disse que o Google poderá ter que vender parte de seus negócios de adtech porque é improvável que um remédio comportamental seja eficaz para interromper as práticas anticompetitivas.

“Claro que sei que esta é uma afirmação forte, mas é um reflexo da natureza dos mercados, como eles funcionam e também por que um compromisso comportamental parecia estar fora de questão”, disse ela em coletiva de imprensa.

Google enfrenta pedido de cisão de negócios por práticas anticompetitivas na UE

Vestager disse que a União Europeia cooperou estreitamente com as autoridades de concorrência nos Estados Unidos e no Reino Unido.

A Comissão disse que discorda do fato de o Google favorecer seus próprios serviços de tecnologia de exibição de publicidade em detrimento de provedores concorrentes de serviços de tecnologia de publicidade, anunciantes e editores online.

O órgão disse que a companhia abusou de seu domínio desde 2014, favorecendo sua própria plataforma de anúncios AdX no leilão de seleção de anúncios por seu servidor de anúncios DFP, e também favorecendo o sistema na maneira como suas ferramentas de compra de anúncios Google Ads e DV360 colocam lances em trocas de anúncios. O Google é a plataforma de publicidade digital dominante no mundo, com uma participação de mercado de 28% da receita global de anúncios, de acordo com a empresa de pesquisa Insider Intelligence.

A empresa tentou resolver o caso três meses após o início da investigação, mas os reguladores ficaram frustrados com o ritmo lento e a falta de concessões substanciais, disse … leia mais em Época Negócios 14/06/2023