Os produtos digitais de educação que alçaram a Hotmart ao patamar de unicórnio estão ganhando companhia no mundo físico. Depois de explodir durante a pandemia e receber, em 2021, um aporte de R$ 735 milhões, a empresa agora quer ficar mais parecida com um e-commerce para que, em até dez anos, metade do seu faturamento total venha de vendas de produtos físicos.

Em entrevista ao IM Business, o co-fundador e CEO da empresa, João Pedro Resende, definiu o novo posicionamento como uma plataforma “all-in-one”, em que os desenvolvedores de conteúdo possam criar e gerenciar seus negócios. “Para dar esse passo, faltava a parte de produtos físicos. Construímos muita infraestrutura nos últimos anos, o que permite que façamos isso de maneira eficiente agora”, diz.

A Hotmart consolidou, nos últimos anos, sua tecnologia de meios de pagamento para produtos digitais. Aquisições como a da startup eNotas (de emissão de notas fiscais eletrônicas), em 2022, e da KlickPages (startup de landing pages, páginas online dedicadas à conversão de compra), em 2020, também ajudam a criar um ecossistema mais favorável aos criadores que desejam vender produtos físicos.

Por enquanto, essa linha está restrita a cerca de mil criadores. “A ideia dessa fase 1 é atacar o público mais híbrido. O cliente que nós já temos e quer vender tanto o digital quanto o físico”, diz. Esse público envolve desde professores que vendem livros associados aos cursos online e querem fazer isso na plataforma, até instrutores de ioga que querem vender tapetes para a prática.… leia mais em InfoMoney 26/03/2024