Expectativa do Morgan Stanley é que aberturas de capital ganhem força na segunda metade de 2023.

A incerteza sobre o que o Banco Central fará com a taxa básica de juros em 2023 – com algumas casas falando até na possibilidade de novas altas em decorrência do risco fiscal maior – pode atrasar a volta das aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês) em até dois trimestres, calculam banqueiros na Faria Lima. Há 16 meses sem estreias de novas empresas na B3, a perspectiva é que elas comecem a voltar aos poucos em 2023, com a geradora de energia CTG Brasil podendo dar o pontapé inicial. Mas há riscos.

O que esperar da economia brasileira

O cenário ideal seria a volta da queda dos juros em 2023. “É claro que se os juros começarem a cair de fato, a velocidade dos aportes para a renda variável vai começar a aumentar”, afirma o líder de renda variável para América Latina do Morgan Stanley, Eduardo Mendez. A expectativa do banco americano é que no primeiro trimestre haja mais ofertas subsequentes (follow-on), para no segundo trimestre os IPOs começarem a deslanchar e ficarem mais fortes na segunda metade do ano, sobretudo para operações maiores, entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.

Historicamente, o volume médio de operações de renda variável no mercado de capitais da América Latina ficava na casa de 22 operações por ano, segundo o Morgan. Em 2022, não houve nenhum IPO, somente 14 ofertas subsequentes no Brasil….Leia mais em estado 04/12/2022