Incorporadoras que haviam anunciado em 2020 e 2021 o interesse em fazer uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) aguardam abertura de janela para retomar o movimento. Construtoras voltadas ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e para o alto padrão devem recorrer ao mercado de capitais para financiar sua expansão.

No mercado financeiro, a estimativa é de que cerca de 10 empresas tenham potencial para fazer uma oferta inicial de ações e uma outra parte delas oferta subsequente de ações (“follow-on”). Nem todas, contudo, terão tamanho para ir à bolsa. Em estimativas mais conservadoras, cerca de R$ 4,5 bilhões podem ser movimentados, de acordo com fontes ouvidas pelo Valor.

Essas ofertas, no entanto, só são esperadas para o segundo semestre. “Ainda precisamos ver mais cortes na taxa de juros, no Brasil e nos Estados Unidos, e principalmente lá fora”, afirma Pedro Costa, responsável pela área de mercado de capitais do Santander. O corte nos juros americanos era esperado para março, mas sua previsão agora já passou para maio.

Incorporadoras preparam-se para retomar oferta de ações
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Em 2023, incorporadoras do segmento econômico, como Metrocamp e BRZ, pediram o registro de companhia aberta, e a Emccamp pediu troca de categoria B para A na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).….

O “valuation” é um entrave para que ofertas venham em maior quantidade, relata uma fonte. “Há um descompasso, principalmente no segmento de média e alta renda, entre o valor que os controladores esperam e o que o mercado está disposto a oferecer”, disse uma fonte de banco. ….

Por isso, há uma certa decepção com a bolsa nos dois primeiros meses de 2024, que apresentaram retiradas volumosas de investimento estrangeiro. “Esperávamos um início de ano mais forte”, diz ele, que aguarda recuperação desse potencial no segundo semestre, para que as empresas – não só de construção, como de energia, saúde e educação, por exemplo – coloquem em prática os planos de ir à bolsa… leia mais em Valor Econômico 28/02/2024