O mercado adotou, ao longo do ano, um tom positivo com o desempenho do câmbio doméstico. Esse cenário se mantém sobre a mesa e ganhou até mais força recentemente, mesmo após o dólar ter se firmado abaixo do nível “psicológico” de R$ 5. E o investidor institucional local é quem tem sustentado essa visão mais construtiva para o real, apoiado, no curto prazo, por um alívio nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) e pelo forte desempenho da balança comercial brasileira.

Ao longo do ano, os fundos locais ampliaram posições vendidas em dólar via derivativos (dólar futuro, cupom cambial, minidólar e swap cambial), o que pode ser visto como um sinal de expansão das apostas na valorização do real. Dados da B3 apontam que a posição vendida em dólar pelos fundos locais chegou ao nível recorde de US$ 11,06 bilhões no dia 21 deste mês, e encerrou a semana passada em US$ 10,96 bilhões.

Investidor brasileiro mostra visão mais otimista com o real
Freepik

A Gap Asset, por exemplo, abriu posição favorável ao real no fim de outubro, quando os ruídos fiscais deram apoio a uma depreciação do câmbio doméstico. De acordo com Renato Junqueira, sócio e gestor da casa, tanto o cenário externo quanto o ambiente doméstico fazem com que a aposta na moeda brasileira seja atrativa.

“Temos a visão de que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos terminou ou está perto do fim…. leia mais em Valor Econômico 28/11/2023