Segundo Roberto Campos Neto, há uma diversidade entre países na América Latina, mas uma sequência de choques.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, brincou há pouco que não é possível passar seis meses sem crise. Ele falava de desafios para a América Latina e mercados emergentes. “Temos diversidade entre países [na América Latina], mas uma sequência de choques. Fizemos um comentário no Banco Central [do Brasil],  que não conseguimos mais passar seis meses sem uma crise“, disse em seu discurso durante evento do Emerging Markets Forum, em Marrakesh, no Marrocos.

Segundo ele, a pandemia de covid-19 “bateu muito forte” na América Latina. “Cada país fez um programa [fiscal] massivo para combater os efeitos da pandemia”, lembrou. Ele também recordou que muitos países reduziram suas taxas de juros. “No caso do Brasil tivemos a menor taxa de juros da história [na pandemia], de 2% [ao ano].

Estresse bancário de agora foi gestado na crise financeira de 2008
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Estávamos preparados para uma depressão e tivemos uma recessão”, complementou.

Em seu ponto de vista, os bancos centrais “foram rápidos em ver que a inflação não seria temporária como diziam”. Campos repetiu que a desinflação é caracterizada por dois estágios e que o segundo é “mais difícil”. Depois, ele reforçou que não … Leia mais em valor.globo. 10/10/2023