O sábado retrasado, dia 16 de março, foi um dia decisivo para Move3, uma empresa que começou como uma distribuidora de vale-refeição, quando o benefício ainda era entregue em papel.

Foi neste dia que a empresa fundada por Antonio Juliani na década de 1990 fez o seu “IPO reverso”. A companhia assinou um acordo de associação com a Sequoia Logística e Transporte (SEQL3), que prevê, ao final do processo, a incorporação da Move3 pela Sequoia.

“Eu posso abrir o capital da companhia ou posso pegar o nosso ativo – o CNPJ – e entrar num ativo já existente na Bolsa, fazendo um tipo de ‘IPO reverso’. E aí você pode fazer um follow-on e mais uma série de outra movimentações”, afirma Guilherme Juliani, até então CEO da Move3, que deve dividir a liderança da nova companhia com Armando Marchesan Neto.

Com o acordo, as ações da Sequoia chegaram a disparar mais de 25% no melhor momento na segunda-feira posterior ao anúncio. Os papéis fecharam com salto de 17,95%, a R$ 0,46; na máxima, chegaram a R$ 0,49 (+25,64%).

A operação prevê um pagamento de R$ 50 milhões em dinheiro, da Sequoia para a companhia da família Juliani, além de uma série de ajustes e troca de ações. Ao final do processo, a Move3 será extinta. Mas este não é, contudo, o capítulo final da empresa – nem de seus fundadores. “Sou muito mais motivado sobre o que a gente pode fazer do que orgulhoso daquilo que a gente construiu. O que construímos é minúsculo e estamos no segundo degrau desse ‘topo’ que está longe demais ainda”, diz Juliani, em entrevista exclusiva ao podcast Do Zero ao Topo.

Na conversa, Juliani contou a história da empresa que se consolidou como líder na logística bancária e mantém uma rede de mais de 520 franquias e nove centros de distribuição que alcançam mais de 5.000 municípios do países. E falou sobre os planos futuros para a empresa que agora, após a união com a Sequoia, é a segunda maior empresa de logística do Brasil, atrás apenas dos … saiba mais em InfoMoney 27/03/2024