O acordo de codeshare fechado entre Azul e Gol na última semana foi uma sinalização relevante do amadurecimento das conversas entre as empresas para unir suas operações.

Mas uma estrutura inicial de M&A só deve ganhar contornos formais depois que a Gol, que está em recuperação judicial, avançar em seu plano com os credores — com mais um passo nesse sentido dado nesta segunda-feira.

“Temos que respeitar os protocolos de uma RJ, não dá para atravessar as etapas”, disse fonte próxima às conversas.

A reestruturação da Gol é fundamental para uma eventual transação acontecer. As contas do mercado que projetam alavancagem da empresa resultante desconsideram que a dívida da Gol estaria reestruturada — mas esse formato seria impraticável, disseram fontes.

O governo não tem sentado à mesa nas conversas mas tem sido constantemente atualizado sobre o tema. Em Brasília, as opiniões sobre apoiar ou não uma fusão ainda são divididas — ao bloco que teme a concentração, as aéreas têm ressaltado que a Azul é a única empresa brasileira de porte no setor que não entrou em recuperação judicial (ainda que tenha passado por reestruturação de dívida), o que mostraria uma fragilidade do modelo atual.

Essa ala dos reguladores e políticos defende que as companhias busquem sócios estrangeiros. Já no que tem sido conversado entre as companhias, a Azul teria maior participação na empresa resultante, mas governança compartilhada.

Na última quinta-feira, a companhia e a Gol anunciaram um acordo de cooperação comercial para conectar suas malhas aéreas no Brasil a partir do final de junho — mas sem envolvimento societário. Nesta segunda, a Gol anunciou um plano financeiro e operacional para .. leia mais em Pipeline 27/05/2024