Nos primeiros cinco meses de 2024, a Bolsa brasileira presenciou um fenômeno chamativo: uma onda de fusões que cria “super-empresas”. No entanto, nem sempre uma grande fusão resulta em benefícios para acionistas, investidores e consumidores.

Esse é o tema discutido no novo episódio do podcast “Ligando os Pontos”, do Monitor do Mercado. Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, e Maria Júlia Baumert, repórter, analisam se este é o caminho para a geração de valor ou apenas uma forma de cortar custos.

Onda atinge de pet shops ao setor de logística

Os exemplos são numerosos: a maior empresa de saúde do Brasil, o maior pet shop da América Latina, uma nova gigante do petróleo, entre outros. Empresas como Arezzo e Grupo Soma, que se tornaram a maior do varejo de moda na América Latina, e Sequoia Logística, que se tornou a segunda maior empresa de logística, atrás apenas dos Correios, são apenas alguns dos casos citados.

Entretanto, os apresentadores questionam se há benefícios diretos para os acionistas, investidores e para o mercado. As ações de empresas que passaram por grandes fusões, como a Hapvida e a Notredame Intermédica, não mostraram crescimento significativo nos últimos anos.

Sustentabilidade ainda é testada

“É mais fácil criar um gigante do que mantê-lo de pé”, comenta Vasconcellos, ressaltando que muitas vezes essas operações resultam em cortes de custos e demissões, mas não necessariamente em crescimento sustentável ou inovação.

A análise também se estende ao impacto no mercado e na economia. Com menos empresas na bolsa, a liquidez diminui e as opções para investidores se tornam mais limitadas. Isso pode concentrar riscos e reduzir a competitividade… saiba mais em Monitor do Mercado 24/05/2024